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diplomacia

Lula e Dilma recebem Hillary Clinton em Brasília

Secretária de Estado dos EUA veio pedir ajuda do Brasil sobre Irã. Estados Unidos defendem sanções devido ao programa nuclear do país

Dilma Roussef participou do encontro entre Lula e Hillary Clinton | Reuters
Dilma Roussef participou do encontro entre Lula e Hillary Clinton (Foto: Reuters)
Hillary Clinton se encontrou almoçou nesta quarta-feira (3) com o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim |

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Hillary Clinton se encontrou almoçou nesta quarta-feira (3) com o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim

Hillary visitou o congresso nacional, onde foi recebida pelos presidentes do Senado, José Sarney (centro), e da Câmara, Michel Temer |

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Hillary visitou o congresso nacional, onde foi recebida pelos presidentes do Senado, José Sarney (centro), e da Câmara, Michel Temer

Ministro das relações Exteriores, Celso Amorim (esquerda), afirmou que Lula e Hillary conversaram sobre diversos assuntos |

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Ministro das relações Exteriores, Celso Amorim (esquerda), afirmou que Lula e Hillary conversaram sobre diversos assuntos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, receberam na tarde desta quarta-feira (3) a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Mais cedo, Hillary visitou o Congresso Nacional e almoçou com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.

Amorim, que também participou do encontro da secretária de Estado com Lula, contou que o presidente desse que pretende visitar Israel, Palestina e Jordânia entre 14 e 19 de março e depois, em maio, se reunirá com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Lula afirmou a Hillary, segundo Amorim, que deve tratar da questão nuclear com Ahmadinejad e com líderes mundiais.

"[A conversa] teve algumas referências ao Oriente Médio em que o presidente Lula comunicou inclusive que estará indo visitar. E comentou também que irá agora a Israel, Palestina e Jordânia e mencionou também que irá ao Irã, em maio, e que ele tem intenção de falar com os principais líderes do mundo, entre os quais naturalmente o presidente Obama, sobre esse tema na busca que nós temos feito de uma solução pacífica sobre essa situação", comentou Amorim.

Segundo o ministro, o presidente reiterou e citou exemplos de como é necessário que os Estados Unidos ampliem o diálogo com os países da América Latina. Hillary teria concordado com a afirmativa.

Amorim negou ainda que temas como a compra de caças e os incentivos sobre o algodão norte-americano tenham sido tratados na reunião com o presidente. "Sobre os caças ela não falou com o presidente. Lá ela abordou da forma como vocês podem imaginar. Na verdade, ela deu introdução e pediu para o embaixador falar. Ele disse que o caça é melhor, que é mais barato, que tem todas as qualidades do mundo e eu não esperava ouvir nada diferente", contou.

O ministro disse que o presidente e Hillary também falaram sobre a questão das mudanças climáticas e Lula mencionou a necessidade de esforços para que a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada no México no final deste ano, termine com um acordo mundial.

Questão Nuclear

No encontro desta quarta-feira com a secretária americana de Estado, o presidente Lula confirmou que participará da reunião de cúpula sobre segurança nuclear, convocada pelo presidente dos Estados Unidos.

Lula, entretanto, não acenou em nenhum momento para Hillary com a possibilidade de dobrar-se às pressões de Washington e assinar o protocolo adicional do Tratado Não-Proliferação Nuclear (TNP). De acordo com auxiliares diretos do presidente, o tema não foi nem sequer citado na reunião realizada no CCBB, atual sede do governo brasileiro.

Na semana passada, em sua visita ao Brasil, o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado americano, William Burns, sinalizou o desejo de uma contrapartida nesta área por parte do governo brasileiro. A expectativa americana é que mais países venham a assinar o protocolo adicional do TNP depois da Conferência de Revisão do TNP, a ser realizada em maio, nas Nações Unidas.

Os EUA pretendem se apresentar como exemplo e, até maio, firmar um compromisso com a Rússia de redução dos seus estoques de ogivas nucleares e, no âmbito doméstico, ratificar o acordo que proíbe totalmente os testes atômicos.

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