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Após quarta conversa com o presidente americano sobre a crise na Ucrânia, Macron falará com o ditador chinês Xi Jinping nesta quarta-feira
Após quarta conversa com o presidente americano sobre a crise na Ucrânia, Macron falará com o ditador chinês Xi Jinping nesta quarta-feira| Foto: EFE/EPA/IAN LANGSDON

Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos, Joe Biden, concordaram nesta terça-feira (15) que o anúncio da retirada de parte das tropas russas da fronteira com a Ucrânia é um sinal animador, mas destacaram que esse passo ainda deve ser verificado e que é preciso ter “prudência”.

A conversa entre Macron e Biden, a quarta que eles têm sobre a crise entre Rússia e Ucrânia, serviu para confirmar a opinião de ambos de que é necessário “tomar nota dessas medidas”, “avaliar a qualidade desse anúncio” e “verificar seu alcance e significado”, segundo indicaram fontes do Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou mais cedo a retirada de algumas tropas russas da fronteira com a Ucrânia, embora tenha esclarecido que não foi uma reação à “histeria” do Ocidente, mas um passo programado.

“Estamos procurando uma saída para a crise e para isso temos que começar de algum lugar. Um bom começo é a redução do dispositivo militar. Não tiramos mais conclusões. Temos que construir a saída da crise à medida que as coisas avançam”, declararam as fontes francesas.

As mesmas fontes ressaltaram que as intenções do presidente russo, Vladimir Putin, devem ser verificadas, porque “muitas coisas ainda podem acontecer”, e é preciso vigilância e compromisso com a diplomacia.

Embora existam imagens da retirada, a Rússia continua realizando “grandes manobras aéreas, navais e terrestres” na fronteira, razão pela qual as operações russas “não terminaram”, salientaram.

“Tudo é muito frágil, devemos ser prudentes”, frisaram as fontes, que insistiram que o objetivo é acabar com as manobras russas, “promover decididamente a negociação no quadro do Formato da Normandia” e abrir a outros parceiros uma discussão mais ampla em torno da segurança na Europa.

Nesse sentido, Macron terá uma conversa com o ditador chinês, Xi Jinping, na quarta-feira (16), uma vez que seu país é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU “e tem uma responsabilidade particular na manutenção da paz e segurança internacionais”.

O desafio atual, segundo o Eliseu, é avaliar a qualidade dos anúncios russos sobre o fim de um certo número de manobras militares e “não analisar nada de forma precipitada”, porque o dispositivo russo “continua muito impressionante”.

“Muitas coisas podem acontecer antes de retornar a uma espécie de normalidade”, acrescentou a presidência francesa, que destacou a importância de intensificar o trabalho diplomático, o que levou Macron a falar ou se reunir nos últimos dias com Putin e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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