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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta segunda-feira (23), durante seu programa semanal “Con Maduro+”, que é transmitido na televisão estatal, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, de ser um “violador serial de direitos humanos” devido à prisão de centenas de venezuelanos em território salvadorenho. A declaração foi feita enquanto Maduro comentava a situação de migrantes criminosos enviados pelos EUA para a prisão no país centro-americano.
Segundo o próprio Maduro, “252 trabalhadores migrantes venezuelanos estariam presos ilegalmente” no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), uma megaprisão construída pelo governo de Bukele em 2023 para isolar membros de gangues e grupos criminosos.
Maduro afirmou que esses venezuelanos foram “sequestrados, escondidos e metidos em uma prisão, sem acusações formais, sem direito à defesa nem acesso a representação legal”. Ele ainda acrescentou que os venezuelanos enviados para El Salvador “não enfrentaram o devido processo nem cometeram delito algum”.
Durante sua fala, o ditador chavista traçou uma comparação entre Bukele e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dizendo que ambos são “violadores dos direitos humanos”.
“Bukele é como Netanyahu, um violador serial de direitos humanos”, disse.
Enquanto acusa Bukele por prender criminosos em El Salvador, Maduro é alvo de denúncias de organizações internacionais de direitos humanos, que apontam que o ditador chavista mantém um regime marcado por assassinatos, desaparecimentos forçados e detenções arbitrárias na Venezuela. De acordo com relatório divulgado em abril pela Human Rights Watch, o regime de Maduro foi responsabilizado por graves violações de direitos humanos e prisões arbitrárias de milhares de opositores, especialmente após as eleições fraudadas de 2024.
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