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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai assinar um decreto de emergência econômica no país devido às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, a medida deve ser assinada ainda nesta terça-feira (8) e partiu de uma proposta da vice-presidente da ditadura chavista e ministra de Hidrocarbonetos, Delcy Rodríguez.
Na quarta-feira passada (2), Trump anunciou taxas sobre importações de 184 países e territórios e da União Europeia, que partem de uma tarifa básica de 10%, mas em alguns casos são bem maiores. No caso da Venezuela, a taxa ficou em 15%.
“Estamos prestando muita atenção, observando os resultados negativos iniciais da guerra comercial imposta pelos EUA, em meio ao colapso dos mercados financeiros. O mundo inteiro foi atingido. [Mas] castiga o povo americano primeiro”, disse Maduro no seu programa de TV semanal, “Con Maduro+”, na segunda-feira (7).
“Estamos acompanhando para nos proteger. Felizmente, temos um plano, os 13 motores produtivos estão em funcionamento, além de uma sólida união empresarial com amplo consenso”, afirmou o ditador.
Maduro já havia declarado emergência econômica na Venezuela em 2016, em meio à crise econômica gerada pelo chavismo, medida que foi prorrogada até 2020.
Além da taxa sobre importações da Venezuela divulgada na semana passada, Trump havia anunciado em março a imposição de uma tarifa de 25% a qualquer país que comprar petróleo e gás de Caracas.
Ele também cancelou a licença para a empresa petrolífera americana Chevron operar na Venezuela, embora tenha adiado para 27 de maio o prazo para encerramento das operações – a data-limite original era 3 de abril.
