• Carregando...
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (ao centro), ao lado de Evo Morales (Bolívia) e Porfirio Lobo (Honduras). O bolivariano disse que quer armar os operários do país | EFE/Palacio Miraflores
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (ao centro), ao lado de Evo Morales (Bolívia) e Porfirio Lobo (Honduras). O bolivariano disse que quer armar os operários do país| Foto: EFE/Palacio Miraflores

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou às Forças Armadas que armem a classe operária para reforçar a defesa da soberania nacional e garantir a "estabilidade da Revolução Bolivariana". Em um ato oficial televisionado na noite de quarta-feira (22), o governante anunciou que entregará até dois milhões de armas para operários e reiterou que o país deve articular força suficiente para "se fazer respeitar". A oposição pediu que o presidente explique qual a verdadeira finalidade da medida e qualificou o gesto de irresponsável e intimador.

"A classe operária será cada vez mais respeitada uma vez que esteja mais consciente e produtiva", disse Maduro na noite de quarta-feira, anunciando que as Milícias Operárias Bolivarianas farão parte da Milícia Nacional, criada por Hugo Chávez. "Seremos ainda mais respeitados se as milícias tiveram 300 mil, 500 mil, um milhão, dois milhões de operários e operárias uniformizados, armados e preparados para a defesa da soberania da Pátria, da estabilidade da Revolução Bolivariana."

Ainda segundo Maduro, a medida deverá armar trabalhadores e estabelecer laços entre associações de profissionais e as Forças Armadas. Para o secretário executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, a declaração faz parte de uma retórica intimidatória e evidencia a incapacidade do governo venezuelano. Segundo ele, a ordem ainda contradiz a lei de desarmamento que avança no Parlamento - e que o governo diz apoiar. "Que ele pare de dizer esse tipo de besteiras que, em vez de ameaçar, refletem irresponsabilidade."

O anúncio polêmico aconteceu no Teatro Municipal de Caracas, onde Maduro entregou diplomas para a primeira turma da Universidade dos Trabalhadores, composta por 522 profissionais. O presidente também ordenou que professores e alunos da instituição frequentem as academias militares.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]