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Nicolas Maduro
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro.| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na segunda-feira (23) que o seu país apoia a criação de uma moeda comum para a América do Sul, em resposta à proposta de Luiz Inácio Lula da Silva e do mandatário argentino, Alberto Fernández, de avançar com um projeto de moeda comum na região.

"Anuncio que a Venezuela está pronta e apoiamos a iniciativa de criar uma moeda latino-americana e caribenha", disse o líder venezuelano no Palácio Miraflores (sede do governo), depois de liderar um ato contra sanções internacionais.

Maduro garantiu que a proposta, defendida durante o dia pelos presidentes de Brasil e Argentina, visa a unidade da região.

Para o governante venezuelano, este projeto contribui para a "independência, união e libertação da América Latina e do Caribe", razão pela qual aderiu à iniciativa desta moeda comum para transações comerciais que permitiriam deixar de depender do dólar, como afirmaram Lula e Fernández.

Em ato público nesta segunda-feira, os presidentes do Brasil e da Argentina se declararam a favor deste projeto entre os países do Mercosul - que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - "como foi tentado" nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

"Penso que vai acontecer e penso que precisa acontecer. Porque há países que às vezes têm dificuldades para adquirir dólares, e é possível estabelecer acordos para que depois os bancos centrais possam fixar a taxa de câmbio para o intercâmbio comercial", indicou Lula.

O presidente argentino enalteceu a "vocação do governo brasileiro" e de Lula, que chegou a Buenos Aires no domingo para a sua primeira viagem ao exterior desde que tomou posse para o terceiro mandato na presidência. Lula participará na 7ª Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na terça-feira.

"Não sabemos como funcionaria uma moeda comum entre a Argentina e o Brasil, e não sabemos como funcionaria uma moeda comum na região, mas o que sabemos é como funcionam as economias dependendo das moedas estrangeiras, e sabemos como tudo isto é prejudicial", frisou.

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