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O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou nesta segunda-feira (11) sua candidatura à presidência da Venezuela para o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como "filho" de Hugo Chávez, morto na última terça-feira. "Aqui venho cumprir sua ordem com o maior amor que ele cultivou em nosso coração. Não sou Chávez, mas sou seu filho", disse Maduro ante as autoridades eleitorais, a quem apresentou o mesmo programa que Chávez havia entregue nove meses atrás, quando concorreu às eleições de outubro. Maduro lembrou que no dia 8 de dezembro do ano passado, dois dias antes de viajar para Cuba para realizar a quarta cirurgia pelo câncer que o matou, Chávez pediu que, caso algo lhe acontecesse, levassem adiante sua bandeira, seu programa, sua causa e seguissem "a batalha vitoriosa pela consolidação da pátria".

"A exatos nove meses nosso comandante entregara este programa da pátria, presidente Tibisay Lucena [da CNE], eu o tomo em minhas mãos e o entrego com o amor, com as lágrimas, com a dor, mas também com a esperança maior de um povo que despertou e nunca mais dormirá e nem será dominado", afirmou.

Maduro entregou "em nome do comandante Hugo Chávez" e do povo o "programa da pátria", e prometeu cumpri-lo de 2013 a 2019.

Vestido com um casaco com as três cores da bandeira venezuelana, o presidente interino chegou à sede do órgão eleitoral, no centro da capital Caracas, em um ônibus e entre gritos de "Com Chávez e Maduro o povo está seguro" e "não voltarão". O acompanhavam, entre outros, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, a ex-congressista colombiana Piedad Córdoba e outros funcionários do executivo e do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de Chávez.

Fora da sede do CNE, na praça Diego Ibarra, se concentravam milhares de seguidores chavistas, vestidos com o tradicional vermelho que os identifica, para apoiar Maduro, a quem Chávez tinha apontado como seu sucessor.

A região tinha um forte esquema de segurança.

O CNE anunciou no último sábado que os venezuelanos irão às urnas no próximo dia 14 de abril para eleger o presidente que ficará no poder até 2019.

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