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Nicolás Maduro crtiicou o pacote econômico de Javier Milei.
Maduro crítica pacote econômico de Milei.| Foto: Elza Fiúza e Tomás Cuesta/Agência Brasil e EFE

Nesta semana, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o pacote econômico proposto pelo presidente da Argentina, Javier Milei, tem como objetivo "submeter o povo aos pacotes neoliberais". O ditador venezuelano também criticou o protocolo de segurança adotado pelo governo argentino para evitar o bloqueio de ruas e avenidas durante as manifestações.

"Na Argentina de Javier Milei (...) a doutrina de segurança é uma doutrina trazida dos manuais repressivos de Israel, dos Estados Unidos, para reprimir e destruir o povo, para submeter o povo a pacotes neoliberais, para entregar a soberania dos países e silenciar a voz do povo", disse o presidente venezuelano.

Maduro comparou o modelo de segurança do seu país, "feito por venezuelanos", com o da Argentina, que, segundo ele, "é ditado por Washington em inglês". Não é a primeira vez que Maduro crítica o líder argentino que tomou posse no último dia 10.

O governo argentino minimizou o impacto desse primeiro protesto de rua contra o plano econômico. O ato reuniu cerca de 3 mil pessoas em Buenos Aires. Autoridades argentinas consideraram bem-sucedida a aplicação do novo protocolo de segurança para evitar o colapso das ruas e rodovias devido à ação dos manifestantes.

De acordo com a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, houve apenas "incidentes mínimos", incluindo dois manifestantes presos e um policial ferido durante os protestos na capital.

Após a ascensão de Milei ao poder, as relações entre Caracas e Buenos Aires estremeceram. O ditador venezuelano já disse algumas vezes que considera Milei um representante da "direita neonazista" e advertiu sobre uma "tremenda ameaça" para a região, já que - segundo Maduro - o argentino pretende promover "um projeto colonial em toda a América Latina e no Caribe" que inclui o estabelecimento de um "Estado repressivo, paramilitar e parapolicial" com influências dos EUA e Israel.

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