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Ditador Nicolás Maduro mostra o livro “Plano da Pátria – 2025” durante discurso na Feira Internacional de Turismo em Caracas, Venezuela | YURI CORTEZ/AFP
Ditador Nicolás Maduro mostra o livro “Plano da Pátria – 2025” durante discurso na Feira Internacional de Turismo em Caracas, Venezuela| Foto: YURI CORTEZ/AFP

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou a dolarização do turismo nos principais destinos do país.

Na noite de segunda-feira, dia 26, Maduro anunciou que todos os pagamentos de "serviços turísticos" nas ilhas Margarita e La Tortuga, no arquipélago de Los Roques e em praias do Estado de Falcón deverão ser feitos em "moeda internacional ou em criptomoeda". 

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Na prática, a medida significa que a maioria dos venezuelanos não poderá frequentar os locais, já que poucos têm acesso a divisas e o salário mínimo, em bolívares, não passa de US$ 6 no câmbio paralelo.

"Os pagamentos deverão ser feitos para todos os serviços: avião, hotel, barco, comida e presentes", disse Maduro, no encerramento de uma feira de turismo em Caracas. "Todas estas regiões serão zonas econômicas especiais, onde circulará o petro, vinculado a moedas internacionais", afirmou o ditador. 

O petro é a criptomoeda criada por Maduro que sofreu um duro golpe quando o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva, em janeiro, proibindo que passe pelo sistema financeiro americano "qualquer transação" feita pela Venezuela. 

Segundo representantes do setor de turismo, a taxa de ocupação dos hotéis na Venezuela está abaixo dos 40%. "Há cada vez menos voos, quartos de hotel e as estradas estão sucateadas", disse Reinaldo Pulido, vice-presidente da Associação Venezuelana de Empresas de Turismo. 

A medida acelera o processo de dolarização da economia. Aluguéis comerciais, consultas médicas privadas, venda de imóveis e carros, compra de eletrodomésticos já são feitos em dólar. Para o economista Luis Oliveros, pagar bens e serviços com dólar será cada vez mais comum. "Aos poucos, a economia vai se dolarizando. É normal em países com hiperinflação", disse.

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Fonte: Associated Press.

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