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Após visita do governo Trump

Maduro insulta chanceler do Panamá e diz que ele “não é capaz de defender” o Canal

Posse de Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, se manifestou após encontro entre governo dos EUA e Panamá (Foto: Miguel Gutiérrez/EFE)

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O ditador Nicolás Maduro insultou o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martinez-Acha, e disse que ele “não é capaz de defender” o Canal do Panamá, após as última declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível recuperação da rota interoceânica.

Em um evento em Caracas, nesta terça-feira (4), o líder do regime venezuelano afirmou que Martínez-Acha “abaixou as calças” diante do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em sua recente visita oficial ao Panamá, após a qual se comprometeu a não renovar um acordo comercial com a China e a trabalhar com a Marinha dos EUA para “otimizar a prioridade” do trânsito de seus navios pelo Canal.

“Onde está esse imbecil? Qual é o nome desse imbecil ministro das Relações Exteriores do Panamá? Que abaixou as calças na frente de Marco Rubio quando o visitou agora e não é capaz de defender o Canal do Panamá?”, questionou Maduro em um discurso por ocasião do 33º aniversário do fracassado golpe de Estado de 1992 liderado pelo falecido líder Hugo Chávez quando era tenente-coronel.

Diante de milhares de simpatizantes, que antes marcharam por várias ruas de Caracas, ele lembrou as declarações feitas no início do mês passado pelo ministro do Panamá - país que não reconhece o terceiro mandato de Maduro - nas quais ele garantiu que havia uma “grande surpresa” que iria “abalar o continente”, em relação à Venezuela.

Maduro, que zombou dessas palavras, disse que Martínez-Acha “tinha razão”, pois nos dias 8, 9 e 10 de janeiro, segundo ele, ocorreram “grandes eventos históricos que abalaram o mundo”, incluindo sua posse como “presidente constitucional para o período 2025-2031”.

O Panamá, um dos países que reconhece o líder opositor Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela, recebeu 85,18% das atas de votação que a oposição diz ter coletado graças a testemunhas e membros das seções eleitorais e com as quais reivindica a vitória de seu líder.

Já a ditadura chavista alega que esses registros são falsos e defende a vitória de Maduro como proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado por aliados do regime e que ainda não divulgou os resultados detalhados das eleições, ao contrário do que está estabelecido em seu cronograma.

Ainda na segunda-feira, durante visita do secretário de Estado ao Panamá, Marco Rubio alertou que o governo de Donald Trump tem "muitas opções" para infligir "danos" e prejuízos ao regime venezuelano.

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