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Maduro pede que bispos sejam investigados por crime de ódio, após chamarem chavismo de corrupto

Os líderes religiosos pediram, em público, para que Nossa Senhora livrasse o país “da peste da corrupção política que conduziu o país à ruína moral, econômica e social”

Maduro encarou as declarações como ataques ao regime e solicitou à Justiça, ao Ministério Público, à Controladoria-Geral e à Defensoria do Povo a investigação. | /
Maduro encarou as declarações como ataques ao regime e solicitou à Justiça, ao Ministério Público, à Controladoria-Geral e à Defensoria do Povo a investigação. (Foto: /)

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta segunda-feira (15) que sejam investigados por crime de ódio dois bispos que chamaram o regime de corrupto na missas do Dia de Nossa Senhora Divina Pastora.  

No último domingo (14), Víctor Hugo Basabe, bispo de San Felipe, no Estado de Yaracuy, pediu a Nossa Senhora que livrasse o país "da peste da corrupção política que conduziu o país à ruína moral, econômica e social".  

Já Antonio López Castillo, arcebispo de Barquisimeto, no Estado de Lara, pediu que livrasse os venezuelanos da fome e da corrupção. "Não acreditamos na miséria. Já chega de fome", disse o monsenhor durante a missa.  

Os dois foram aplaudidos pelos fiéis. Maduro encarou as declarações como ataques ao regime e solicitou à Justiça, ao Ministério Público, à Controladoria-Geral e à Defensoria do Povo —todos controlados por ele— a investigação.  

"Ele [Basabe] chamou o povo chavista de peste, deveriam ver [...] se as palavras emitidas por alguns desses personagens não correspondem a verdadeiros delitos de ódio que pretendem gerar enfrentamentos", disse.  

"Somos cristãos, já não acreditamos em intermediários e menos ainda nesses diabos de batina, amamos nosso Deus criador, nossa Divina Pastora, mas veio um diabo de batina a incitar ao enfrentamento entre venezuelanos."  

Lei Contra o Ódio

Criada pela Assembleia Constituinte, totalmente composta por aliados do regime, a Lei Constitucional contra o Ódio, pela Convivência Pacífica e a Tolerância prevê penas de até 20 anos de prisão a quem promova o que a Justiça julgar como o ódio.  

Também propõe a cassação do registro de partidos e o fechamento de organizações e meios de comunicação que o fizerem. A oposição acusa o chavismo de usar a lei para ilegalizar qualquer tipo de organização crítica.  

Os primeiros a serem enquadrados na nova lei foram um homem e uma mulher que foram presos no último dia 3 em Naguanagua, no Estado de Carabobo, em uma manifestação contra a falta de comida na cidade.

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