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Maduro pode prender gerentes de gigante dos catchups Heinz por “sabotagem”

Maduro tem travado uma luta contra empresários do país Na mais recente, a Kraft Foods, que alega falta de insumos para produção, interrompeu suas atividades levando  a escassez de alimento | CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS
Maduro tem travado uma luta contra empresários do país Na mais recente, a Kraft Foods, que alega falta de insumos para produção, interrompeu suas atividades levando a escassez de alimento (Foto: CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS)

Os gerentes das operações venezuelanas da Kraft Heinz podem ser presos caso seja comprovada “sabotagem”, disse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na noite de terça-feira (1º) na televisão estatal.

A ação mais recente contra uma companhia multinacional na Venezuela ocorre poucos dias antes das eleições legislativas, nas quais o Partido Socialista, de Maduro, deve perder a maioria na Assembleia Nacional pela primeira vez em uma década e meia.

Essa não é a primeira vez que o presidente realiza campanhas contra líderes empresariais e ordena prisões, seguindo os passos do antecessor Hugo Chávez, que expropriou operações de pequenos negócios a multinacionais na Venezuela.

Maduro disse durante um programa televisivo de quatro horas de duração que trabalhadores denunciaram a companhia alimentícia por paralisação “injustificável” das linhas de produção. “Se os gerentes estão cometendo sabotagem, aqui está o chefe da Sabin (serviço de inteligência da Venezuela) e ele irá colocá-los na prisão”, disse Maduro, acrescentando que autoridades iriam visitar fábricas nesta quarta-feira. “Chega da burguesia. Prendam-nos”.

A empresa, por sua vez, alega que não tem materiais básicos para a sua produção. A Venezuela aplica um duro controle cambial, que faz com que exista escassez de dólares no país. A consequência disso é que muitas companhias sofrem com a dificuldade de importar itens necessários para continuar operando.

A economia é uma das principais preocupações dos eleitores na Venezuela, com inflação considerada na casa dos três dígitos e falta dos bens mais necessários, que levam a longas filas nos mercados.

Críticos veem a retórica antiempresas de Maduro como uma tentativa de angariar apoio antes da eleição de domingo, e dizem que atacá-las só irá piorar a escassez.

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