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Venezuela

Maduro propõe forma de “coexistência”

No primeiro encontro com opositores, mediado pela Unasul e transmitido pela tevê, chavista pede “altíssimos níveis de respeito”

Nicolás Maduro cumprimenta o adversário Henrique Capriles, depois de encontro entre governo e oposição | Palácio de Miraflores/Reuters
Nicolás Maduro cumprimenta o adversário Henrique Capriles, depois de encontro entre governo e oposição (Foto: Palácio de Miraflores/Reuters)
Manifestação em Caracas contra o governo chavista |

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Manifestação em Caracas contra o governo chavista

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs que a coalização opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e o governo busquem juntos um modelo de coexistência durante o início de um processo de diálogo, que é um espaço de debate, mas não de "pactos".

"É preciso criar um processo que nos leve à paz e a altíssimos níveis de respeito, coexistência, convivência, sobre a base da tolerância", afirmou Maduro no início dos discursos do diálogo, transmitido em rede nacional de rádio e televisão, na noite de quinta-feira (no horário local).

"Debate político, sim, com paixão; crítica entre nós, sim, com paixão; mas busquemos um modelo de coexistência que permita que a democracia venezuelana possa se fortalecer", acrescentou na reunião, da qual também participam chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e o núncio do Vaticano em Caracas.

Maduro opinou que o encontro representa um "debate, um diálogo, um encontro com posições claras de modelo de país, de projeto de liderança". Porém, ressaltou: "Aqui não há negociações nem pactos", em alusão aos acordos tradicionais entre partidos no passado.

"Aqui, estamos somente buscando uma vontade comum de paz, de democracia, de respeito, de reconhecimento, estamos buscando, um modelo de coexistência pacífica", acrescentou.

O presidente venezuelano responsabilizou alguns setores da oposição de buscar a queda do governo com a crença de que este é "o momento da desarticulação e do colapso da revolução bolivariana", após a morte de Hugo Chávez (1999-2013).

"O primeiro pedido é para que nos conheçamos, nos reconheçamos e nos respeitemos, um respeito além do formal", disse. "É muito importante buscar o caminho do reconhecimento e não o caminho dos ataques."

Maduro reconheceu que existem problemas no país e assegurou que está "aberto para debater todos os problemas".

O líder rejeitou o "sofrimento que passaram as comunidades sequestradas pelas guarimbas (barricadas)" e ressaltou que uma coisa é o protesto e outra coisa é a violência.

"Para protestar na Vene­­zuela há plenas liberdades e eu disse mil vezes que, se a MUD quer protestar todos os dias de todos os anos que estão por vir, podem fazê-lo", acrescentou.

No entanto, Maduro reivindicou "a condenação conjunta da violência como forma de se fazer política".

Avião brasileiro é interceptado na Venezuela

Agência O Globo

Um avião Learjet procedente do Brasil foi interceptado ontem por aeronaves da Venezuela, em território venezuelano, e há informações de que foi destruído. A aeronave decolou de Breves, no Pará, e chegou à Venezuela pela Guiana. O avião brasileiro estava com o transponder (equipamento que identifica a aeronave) desligado e não tinha plano de voo. Depois de interceptado, o avião chegou a pousar e o piloto e o copiloto conseguiram fugir. A aeronave foi queimada. Ainda não se sabe se o fogo foi provocado pelos tripulantes ou por uma ação dos venezuelanos. Avião estaria envolvido em alguma atividade ilícita. O Ministério da Defesa confirmou a interceptação da aeronave.

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