
Um júri da Flórida absolveu na terça-feira, após um julgamento que eletrizou os Estados Unidos, uma mulher de 25 anos que era acusada de ter matado a filha de dois anos, cujo corpo foi achado em um bosque perto da sua casa.
Casey Anthony inicialmente disse à polícia que sua filha Caylee havia sido sequestrada por uma babá, o que motivou uma busca pela menina em todo o país. Seis meses depois, o esqueleto da menina foi achado com uma tira de fita crepe pendurada no crânio.
Promotores acusaram Anthony de ter sufocado a filha com a fita em junho de 2008, e de ter então passado vários dias circulando com o corpo no porta-malas do carro, até jogá-lo no bosque.
Ao tribunal, a defesa dela alegou que a menina morreu afogada acidentalmente. "Casey não matou Caylee. Simples assim", disse o advogado José Baez a jornalistas depois do veredicto.
A ré optou por não depor no tribunal. Ela podia ser condenada à morte por homicídio.
O júri a absolveu também da acusação de abuso contra menor e de homicídio qualificado pelo fato de a vítima ser criança. Mas a mulher foi condenada por quatro acusações menores relacionadas às informações falsas que prestou à polícia - uma contravenção que acarreta pena máxima de um ano de prisão por acusação. A sentença para isso será proferida na quinta-feira.
Anthony soluçou ao ouvir a decisão dos jurados, e finalmente explodiu em um amplo sorriso ao final da audiência, abraçando seus advogados.
"Estou em êxtase por ela e quero que ela possa sofrer, crescer e de alguma forma recuperar sua vida", disse Baez em frente ao tribunal.
A deliberação do júri durou 11 horas, ao longo de dois dias - o que incluiu seis horas ininterruptas na segunda-feira, feriado do Dia da Independência nos EUA.
O julgamento propriamente dito levou sete semanas e mobilizou as atenções de grande parte do país, graças à ampla cobertura dos depoimentos pelos canais noticiosos de TV a cabo.



