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Maioria da América Latina não reconhece eleições em Honduras

Espanha é o primeiro país da União Europeia a negar o reconhecimento. Governo brasileiro diz que pode mudar de posição

Porfirio “Pepe” Lobo e sua esposa, Rosa, comemoram resultado das eleições: vitória nas urnas não garante reconhecimento internacional | Edgard Garrido/Reuters
Porfirio “Pepe” Lobo e sua esposa, Rosa, comemoram resultado das eleições: vitória nas urnas não garante reconhecimento internacional (Foto: Edgard Garrido/Reuters)
Saiba mais sobre Porfírio Lobo, presidente eleito de Honduras |

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Saiba mais sobre Porfírio Lobo, presidente eleito de Honduras

Vários governos latino-americanos reiteraram ontem que não reconhecerão as eleições em Hon­­duras, enquanto outros as­­sina­­la­­ram que a eleição de Por­­firio Lo­­­­bo para a Presidência hon­­du­­renha poderá abrir uma saída para a crise. A Espanha tam­­bém se ma­­ni­­festou contrária ao re­­co­­nhe­­ci­­mento do pleito hondurenho.

"O governo espanhol não reconhece as eleições, mas também não as ignora", disse o chanceler espanhol Miguel Angel Mo­­rati­­nos, durante a cúpula dos paí­­ses ibero-americanos em Estoril, Por­­tugal.

Também em Estoril, a presidente do Chile, Michelle Bache­­let, disse que as eleições em Hon­­duras aconteceram "conforme havia assinalado a Constituição hondurenha antes do golpe de Estado contra o presidente Ma­­nuel Ze­­laya". Não obstante, Ba­­chelet disse que o pleito de do­­min­­go "não pode ser invocado pa­­ra legitimar um golpe de Es­­tado, desfechado há apenas cinco meses, porque desta maneira seria aberto um precedente grave e inaceitável".

Além do Chile, Brasil, Argen­­tina, Uruguai, Venezuela, Bolí­­via e Equador já haviam dito que não reconheceriam as eleições.

O assessor para Assuntos In­­ternacionais da Presidência do Bra­­­­sil, Marco Aurélio Garcia, disse que alguns "gestos" do presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, e a taxa real de participação nas elei­­ções poderão le­­var a "mudanças" na posição brasileira, mas ressaltou que o país não re­­co­­nhe­­ce a legitimidade do pleito.

O governo do Paraguai também manifestou sua posição con­­trária. "O presidente (Lugo) disse que é impossível reconhecer as eleições em Honduras", disse Hum­­berto Blasco, ministro da Justiça e do Trabalho do Pa­­ra­guai.

Ao contrário desse grupo de países, Colômbia, Peru e Costa Ri­­ca reafirmaram que reconhecerão o novo governo. "Acon­­­­te­­ceu um processo democrático em Honduras", afirmou o pre­­sidente colombiano, Álvaro Uribe.

O governo do México ainda não tem uma posição definida. O presidente Felipe Calderón pe­­diu a volta da ordem institucional a Honduras, mas lembrou que as eleições do domingo ocorreram sem "observadores internacionais institucionais" e por isso não é possível dizer se o processo foi livre.

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