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A maior parte dos países, incluindo o Brasil, ainda não tem tecnologia para realizar todos os exames necessários para a confirmação de eventuais casos de gripe suína Laboratórios de referência nacionais aguardam recursos técnicos para a identificação do vírus H1N1, desenvolvida pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, e também amostras do micro-organismo, que só podem ser disponibilizadas após ordem da Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação leva os EUA a conseguir confirmar mais casos que o México, onde há cerca de mil pacientes aguardando o fim da investigação.

O Brasil, por exemplo, só tem atualmente capacidade para, após analisar uma amostra de secreções de um paciente, dizer se há ou não a presença do vírus influenza (o vírus da gripe) e o tipo de vírus, A, B ou C. Não tem recursos ainda para identificar o subtipo causador da epidemia atual. "Já estamos fazendo os testes padrão, todos os laboratórios no mundo, não só aqui, têm o norte para a confirmação dos casos. Mas não há como fazer a identificação desse vírus específico ainda e estamos aguardando os reagentes e as amostras. Só os EUA têm feito isso", explica Rita Medeiros, pesquisadora do laboratório de virologia do Instituto Evandro Chagas, no Pará, referência para a confirmação de casos País.

Testes

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta quarta-feira (29) que o governo recebeu o sequenciamento genético do vírus e que o material já foi enviado para um laboratório, que ficará encarregado de fazer os kits de testes. A previsão é de que todo esse processo esteja concluído em até dez dias. No entanto, ainda há a necessidade da chegada de amostras do vírus, para que os laboratórios possam fazer um controle e ter certeza de que se trata da mesma cepa que circula em outros países. "A posição do Brasil, manifestada em reunião por nossa representante, é que o CDC libere imediatamente esses insumos para os países", disse ontem (28) Eduardo Hage, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do ministério.

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