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Tanques do exército da Síria, agentes de segurança e defensores do governo se espalharam pelas ruas de duas cidades do país neste sábado (13) para tentar acabar com os protestos que pedem a saída do presidente Bashar Assad. Ao menos cinco pessoas foram mortas nos confrontos.

O ataque mais pesado aconteceu na cidade mediterrânea de Latakia onde na sexta-feira milhares de manifestantes haviam tomado as ruas. Pelo menos 20 tanques e grupos armados invadiram o bairro de el-Ramel no começo do dia provocando um intenso tiroteio que fez com que muitos moradores fugissem da área, de acordo com Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório da Síria para Direitos Humanos, com sede em Londres.

Mais tarde, tiros e explosões foram ouvidos em outro bairro, Slaibeh, segundo informações do Observatório e do Comitê de Coordenação Local, um grupo ativista que documenta os protestos no país. Duas pessoas morreram no tiroteio, disseram as organizações.

Enquanto isso, agentes de segurança e grupos armados de defensores do governo, conhecidos como Shabiha, entraram na cidade de Qusair, perto da fronteira com o Líbano, prendendo dezenas de moradores e deixando um morto, afirmou Abdul-Rahman. As informações indicam que uma pessoa morreu no confronto.

Também houve uma morte em Daraya, no subúrbio da capital Damasco e uma morte na cidade central de Hama, segundo o Comitê de Coordenação Local.

O exército sírio também realizou uma operação nas cidades próximas de Hawla e Taldaw, no centro da província de Homs, e espalhou tanques pela área. Além disso, ativistas disseram que 10 pessoas foram feridas por tiros na cidade de Sarmin.

Tanto o bairro de al-Ramel quanto a cidade de Qusair têm sido palco de grandes protestos contra o regime de Assad desde que as manifestações contra o presidente começaram, em meados de março. A reação do governo se intensificou durante as últimas semanas, com tropas atacando várias cidades.

Na sexta-feira, forças de segurança mataram ao menos 14 manifestantes, de acordo com informações de grupos de direitos humanos. Gritos pedindo a morte de Assad têm surgido e são um sinal de quanto mudou o movimento de protestos desde as primeiras demandas apenas por pequenas reformas.

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