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Guerra no leste europeu

Mais de 10 milhões de ucranianos continuam deslocados após três anos de guerra, diz ONU

Mais de 10 milhões de ucranianos continuam deslocados após três anos de guerra, diz ONU
Pessoas durante protesto em apoio à Ucrânia nos EUA (Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH)

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A Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) lembrou nesta segunda-feira (24) que cerca de 10,6 milhões de ucranianos permanecem longe de seus lares devido à guerra, iniciada há três anos com a invasão russa em fevereiro de 2022. Desse total, quase sete milhões vivem atualmente em outros países.

O alerta foi feito pelo alto comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, que enfatizou a necessidade de assistência humanitária contínua diante dos desafios enfrentados pela população deslocada.

“Uma terceira parte da população ucraniana precisa de ajuda humanitária e essa urgência deveria estar na mente de todos, mesmo agora que a política toma protagonismo”, afirmou em comunicado.

Deslocamentos e destruição continuam

Embora a maioria dos refugiados e deslocados internos tenha fugido nos primeiros meses do conflito, os ataques aéreos contra cidades ucranianas continuam a causar vítimas e novos deslocamentos. “Os ataques aéreos massivos e incessantes continuam matando, causando feridos e deslocamentos diários”, ressaltou Grandi.

Nos últimos seis meses, aproximadamente 200 mil pessoas foram evacuadas de áreas próximas ao front, principalmente no leste e no norte da Ucrânia, segundo a ACNUR. Além disso, a destruição da infraestrutura habitacional tem agravado a situação dos refugiados. De acordo com o órgão, cerca de dois milhões de residências — o equivalente a 10% do total do país — foram danificadas ou destruídas ao longo do conflito.

A destruição das moradias e a instabilidade da guerra dificultam o retorno dos refugiados ao país.

“60% deles dizem que esperam voltar, mas a insegurança, os problemas de escassez de moradia e as limitadas oportunidades de trabalho dissuadem por enquanto a maioria de fazê-lo”, explicou o alto comissário.

Diante do cenário atual, Grandi destacou que a recuperação da Ucrânia dependerá de esforços humanitários e da reconstrução das cidades afetadas. “Quando as condições melhorarem e os retornos voluntários forem mais possíveis, os alojamentos de emergência e a assistência humanitária jogarão um papel crucial no processo de reconstrução”, afirmou.

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