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Representantes de mais de 150 países de todo o mundo se reúnem nesta segunda-feira (24) em Nova York, nos Estados Unidos, convocados pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para tentar transformar em ações concretas as promessas para reverter o impacto da mudança climática.

Na tarde desta segunda-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá se encontrar com o presidente norte-americano, George W. Bush, em Nova York. Entre os assuntos estão a questão dos biocombustíveis.

A reunião dos chefes de Estado precede o início do debate geral da 62ª Assembléia Geral da ONU, no dia 25, no qual Lula fará o discurso de abertura. No encontro desta segunda, participarão mais de 80 líderes. Os EUA farão sua própria conferência sobre o clima nos dias 27 e 28, em Washington.

O secretário-geral, que fez da luta contra a mudança climática uma das prioridades do seu mandato, quer encorajar os líderes a aproveitarem o momento "e atuar antes que seja tarde demais", uma vez que os efeitos da mudança climática começaram a ser sentidos e a comunidade científica fala com clareza a respeito.

"Temos recursos e tecnologia, a única coisa que nos falta é a vontade política", disse recentemente Ban Ki-moon.

O presidente norte-americano, George W. Bush, fará sua própria conferência sobre a mudança climática nos dias 27 e 28, em Washington. Bush convidou, além da ONU, 15 países, entre eles a União Européia (UE) e onze dos países mais poluentes do planeta, como Brasil, Japão, Canadá, Coréia do Sul, México, Rússia, Austrália, Indonésia e África do Sul.

Ban foi convidado para a reunião de Washington e considera positiva a convocação de Bush, que só fará parte das discussões sobre esse assunto em um jantar na segunda-feira (24) oferecido pelo secretário-geral na sede das Nações Unidas.

As discussões terão o formato de quatro grupos, nos quais serão analisados aspectos como adaptação, minimização dos efeitos, tecnologia e o financiamento das soluções para a mudança climática.

Além dos líderes mundiais, participarão o governador da Califórnia, o republicano Arnold Schwarzenegger, e o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, que se transformou no principal nome da luta contra o impacto do efeito estufa desde que, há um ano, produziu o filme e posterior livro "Uma Verdade Inconveniente".

Conferência

A ONU vê a reunião do dia 24 como uma maneira de buscar "um compromisso político e aproveitar o momento" às vésperas da Conferência sobre a Mudança Climática que as Nações Unidas farão em Bali, de 3 a 14 de dezembro.

No encontro deverão ser estabelecidas as bases para a época posterior ao Protocolo de Kioto, que expira em 2012.

O secretário-geral da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês), Yvo de Boer, insistiu no sábado que "é preciso aproveitar o grande momento político" que se gerou este ano a respeito da mudança climática.

"Espero que na segunda-feira fique claro que se entendeu a mensagem científica e também que haja um sentido da urgência nos termos da negociação antes da reunião de Bali", acrescentou De Boer.

A reunião em Bali deve permitir, segundo a ONU, um avanço na agenda negociadora para combater a mudança climática em todas as frentes, incluindo a adaptação, minimização dos efeitos, tecnologias limpas, desmatamento e mobilização de recursos.

Aquecimento global

Segundo o grupo de trabalho da ONU sobre mudança climática, se o mundo não agir para combater os gases que produzem o efeito estufa, a temperatura da Terra poderia aumentar 4,5ºC ou mais, o que teria um grande impacto nos ecossistemas e entre a população mais pobre e vulnerável.

A estimativa é que as geleiras derretam e que o fornecimento de água fique em risco. As populações mais afetadas serão as que vivem nas zonas mais secas, especialmente as da África. Também há previsão de inundações e de outros desastres.

"Não podemos continuar assim (...). Não se pode agir como se não houvesse nada. Já chegou o momento de empreender uma ação global em grande escala", afirmou Ban recentemente.

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