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Mais de 300 estrangeiros já perderam o visto por apoio a causas extremistas, diz governo Trump

Mais de 300 estrangeiros já perderam o visto por apoio a causas extremistas, diz governo Trump
Estudantes reforçam barricadas para manter a polícia fora do acampamento de manifestantes pró-palestinos no campus da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) em Los Angeles, Califórnia, EUA, 01 de maio de 2024. (Foto: EFE/EPA/ALLISON DINNER)

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Mais de 300 estrangeiros residentes nos Estados Unidos envolvidos ou que apoiam distúrbios extremistas e grupos terroristas já tiveram seus vistos revogados pelo governo do presidente Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (27) o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Georgetown, capital da Guiana, como parte de sua agenda oficial pela América do Sul.

"Pode ser que já tenha passado de 300 neste ponto. Fazemos isso todos os dias. Toda vez que encontro um desses lunáticos, eu retiro seus vistos", disse Rubio. “Em algum momento, espero que acabemos com todos, porque já vamos ter tirado todos eles do país, mas estamos procurando todos os dias por esses lunáticos que estão destruindo tudo.”

A declaração foi feita em resposta a uma pergunta sobre o caso da estudante turca Rumeysa Ozturk, que teve o visto revogado e foi detida nesta semana em Massachusetts. Ela tinha um visto de estudante, era bolsista e cursava um doutorado na Universidade Tufts, na área de Desenvolvimento Infantil. A jovem foi abordada por agentes mascarados e à paisana na noite de terça-feira (25), na cidade de Somerville, nos arredores de Boston.

De acordo com o Departamento de Estado, o visto de Ozturk foi cancelado por envolvimento em atividades incompatíveis com sua permanência no país. Embora Rubio não tenha especificado quais ações teriam motivado a medida, ele deixou claro que o governo Trump está agindo com rigor diante de comportamentos considerados radicais.

"Vamos tirar qualquer visto que tenha sido emitido anteriormente se estudantes participarem de ações como vandalizar universidades, assediar colegas, invadir prédios ou criar desordem", afirmou Rubio. “As pessoas que estamos tirando do nosso país estão vandalizando. Eles não são manifestantes. Estão tomando os campi universitários. Estão assediando outros estudantes... Eles não estão protestando, estão indo além da manifestação.”

Segundo o Departamento de Justiça, Ozturk foi levada para um centro de detenção no estado da Louisiana. De acordo com a agência Reuters, um documento protocolado nesta quinta-feira revelou que ela já havia sido transferida do estado de Massachusetts no momento em que seus advogados entraram com uma ação judicial pedindo que sua permanência no estado fosse mantida. Um juiz federal chegou a determinar que o governo não a removesse sem aviso prévio de 48 horas, mas a ordem judicial chegou após sua transferência.

A defesa da estudante alega que a detenção é injustificada e política.

"Parece que a única razão pela qual ela está sendo alvo é pelo seu direito à liberdade de expressão", disse a advogada Mahsa Khanbabai em nota divulgada na noite de quarta-feira (26). Ozturk publicou um artigo de opinião no jornal estudantil da Tufts, em 2024, criticando a postura da universidade em relação a investimentos ligados a Israel e exigindo o reconhecimento do que chamou de "genocídio palestino".

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