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Entre os resgatados estão dezenas de mulheres e crianças | EFE/Giuseppe Lami
Entre os resgatados estão dezenas de mulheres e crianças| Foto: EFE/Giuseppe Lami
  • Parte dos imigrantes foram levados para um centro de recepção de imigrantes já superlotado na ilha de Lampedusa

Navios da Marinha e da guarda costeira da Itália resgataram mais de 700 imigrantes nas águas entre a Sicília e o norte da África durante a noite de quinta-feira, em mais um incidente da crise imigratória que já custou centenas de vidas neste mês. Barcos de patrulha conduziram cinco operações, e entre os resgatados estão dezenas de mulheres e crianças, disseram autoridades nesta sexta-feira. Parte deles foi levada para um centro de recepção de imigrantes já superlotado na ilha de Lampedusa.

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, pressionou os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas a aumentar a ajuda a países do Mediterrâneo, incluindo Itália, Grécia e Malta, que têm recebido o maior impacto da crise.

A Itália aumentou as patrulhas nas rotas marítimas entre Líbia e Tunísia e o país desde que mais de 360 imigrantes provenientes da Eritreia morreram no início de outubro, quando a embarcação em que estavam naufragou próximo a Lampedusa. Um segundo barco afundou uma semana depois, deixando uma estimativa de 200 pessoas desaparecidas.

O maior impacto é sobre Lampedusa, uma pequena ilha italiana entre a Sicília e a Tunísia que se transformou em porta de entrada de imigrantes - e cujo cemitério, já reclamou repetidas vezes a prefeita Giusi Nicolini, não comporta as centenas de corpos dos que fracassaram no caminho.

O centro de recepção da ilha enfrenta dificuldades para lidar com a chegada de imigrantes em fuga da guerra civil na Síria e da crise política no Egito e outros países árabes e africanos, que têm lançado inúmeras pessoas em perigosas travessias do Mediterrâneo a bordo de precárias embarcações. Enrico Letta enviou uma missão militar de caráter humanitário para intensificar a vigilância na região.

Mais de 32 mil imigrantes realizaram a viagem até o sul da Itália via barco este ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

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