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Membros das equipes de resgate abriram uma nova passagem nesta segunda-feira com explosivos para poder chegar à ponte onde estão localizados os restaurantes do Costa Concordia | EFE/Carlo Ferraro
Membros das equipes de resgate abriram uma nova passagem nesta segunda-feira com explosivos para poder chegar à ponte onde estão localizados os restaurantes do Costa Concordia| Foto: EFE/Carlo Ferraro

Retirada do combustível

As operações de extração das 2,38 mil toneladas de combustível presentes no interior do cruzeiro Costa Concordia começarão nesta terça-feira.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira por Bart Huizing, um dos responsáveis da companhia holandesa Smit, que se encarregará das tarefas de esvaziamento do combustível, segundo os meios de comunicação italianos.

A data foi revelada depois que o chefe da Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, explicou em entrevista coletiva que o navio se encontra "em condições de estabilidade" e os especialistas estabeleceram que é possível executar as tarefas de busca dos desaparecidos e de extração de combustível simultaneamente.

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Mais dois corpos foram encontrados nesta segunda-feira (23) nos destroços do navio de cruzeiro Costa Concordia, na ilha italiana de Giglio, informaram equipes de resgate, aumentando o número oficial de mortos para 15.

"Mais dois corpos, de duas mulheres, foram encontrados perto do 'Internet café'", disse Franco Gabrielli, que supervisiona as operações de resgate, à imprensa.

"Não podemos dizer de que nacionalidade são. Eles não foram retirados" dos escombros, afirmou Gabrielli, acrescentando que o DNA delas serão comparados aos dos coletados dos parentes das vítimas desaparecidas nos últimos dias.

Pelo menos 17 pessoas estão desaparecidas desde o desastre, apesar de as autoridades dizerem que poderia haver pelo menos um passageiro clandestino, uma mulher húngara, que não estava na lista de pessoas a bordo e não foi contada.

Trabalho de resgate

Membros das equipes de resgate abriram uma nova passagem nesta segunda-feira (23) com explosivos para poder chegar à ponte onde estão localizados os restaurantes do "Costa Concordia" com a esperança de encontrar os corpos de alguns dos desaparecidos.

Os mergulhadores da Marinha italiana abriram um grande buraco entre as pontes 4 e 5, perto da região dos restaurantes e do acesso aos botes salva-vidas, constataram os jornalistas no local.

As buscas na embarcação, realizadas em condições muito difíceis, segundo os mergulhadores, avançam lentamente devido ao tamanho do navio, do comprimento de três estádios de futebol e da altura de um edifício de 20 andares.

Segundo os socorristas, a chance de encontrar sobreviventes é mínima, dez dias depois da catástrofe. Um navio oceanográfico com câmeras de alta definição deve chegar em breve para explorar o fundo do mar em busca de corpos eventualmente bloqueados embaixo do Costa Concordia, de 114.500 toneladas.

Paralelamente, continua a investigação para determinar a responsabilidade exata do capitão do navio, Francesco Schettino, no acidente.

Pouco antes de ser detido após o naufrágio, o capitão teria se reunido em seu hotel com uma "elegante loira" a quem teria entregado seu computador pessoal. Segundo a imprensa italiana, seria uma advogada vinculada à empresa proprietária do navio, Costa Crociere, mas a companhia desmentiu "categoricamente" ter recebido "algo de Schettino" depois do acidente.

Por sua vez, a rapidez do capitão no momento do acidente continua suscitando perguntas. Quando o barco gigante se chocou com um recife, o que provocou o naufrágio, estava na ponte com várias pessoas que não deveriam estar ali, segundo a imprensa, como o maitre Antonello Tievoli, que queria mostrar a ilha da qual é oriundo.

O pequeno grupo teria trocado piadas, o que teria impedido o capitão de se concentrar quando o navio ia muito rápido (15 nós). Depois, quando a gravidade do acidente era evidente, Schettino teria se retirado brevemente ao seu camarote.

A imprensa italiana também insistia no fato de que a saudação do barco à costa teria sido prevista e autorizada pela Costa Crociere antes da partida da embarcação de Civitavecchia, o que a companhia nega desde o início.

Outro mistério é que o comissário do governo para a catástrofe, Franco Gabrielli, disse temer que a lista de desaparecidos seja maior. Gabrielli citou o caso de uma húngara, reivindicada por sua família, que estaria a bordo do navio convidada por um membro da tripulação, mas que não havia sido registrada.

Para Gabrielli, "poderia haver, em teoria, uma quantidade X de pessoas a bordo do navio e que não seriam reivindicadas porque eram clandestinas".

Mas, segundo Manrico Giampedroni, que estava a cargo da segurança do "Concordia", é "impossível", já que "Costa é uma empresa séria".

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