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Policiais têm retirado barricadas antes de manifestantes saírem às ruas, o que enfraquece a defesa dos protestantes | REUTERS/Tyrone Siu
Policiais têm retirado barricadas antes de manifestantes saírem às ruas, o que enfraquece a defesa dos protestantes| Foto: REUTERS/Tyrone Siu

Novos confrontos entre manifestantes e policiais aconteceram na noite desta sexta-feira em Hong Kong, em um bairro da cidade no qual agentes de segurança haviam retirado os manifestantes anteriormente. Os policiais usaram sprays de pimenta e cassetetes para dispersar uma grande multidão de pessoas que haviam se reunido em Mong Kok, e diversos manifestantes foram derrubados ou levados pela polícia. As cenas de violência ocorreram horas depois de os agentes terem removido tendas, toldos e barricadas no distrito.

A operação para remover as barreiras da zona de protesto foi a terceira do tipo realizada nos últimos dias. A estratégia adotada pela polícia é a de chegar nas primeiras horas da manhã, quando o número de manifestantes atinge um mínimo, para realizar a remoção dos materiais e evitar embates.

Nesta sexta-feira, centenas de policiais foram até o local pouco depois das 5h e cercaram o acampamento de mais de cem manifestantes. Os agentes alertaram os estudantes que eles tinham 15 minutos para deixar as ruas antes que começassem a limpar a rua. Acordados pela polícia, eles coletaram seus bens e deixaram o local. Duas horas depois, o tráfego de veículos na região foi retomado pela primeira vez desde o fim de setembro.

O novo confronto entre autoridades e integrantes do protesto acontece no dia seguinte à declaração do executivo-chefe de Hong Kong, Leung Chun-ying, que se disse disposto a retomar os diálogos com os manifestantes. Leung, no entanto, afirmou que não irá renunciar e que Pequim não desistirá de montar um comitê para analisar os candidatos ao governo da província semiautônoma em 2017.

O chefe de governo também disse que a polícia não irá parar de limpar zonas de protesto enquanto seguem as conversas e que os últimos confrontos devem tornar mais difícil a resolução da crise com os manifestantes. Líderes estudantis que comandam o protesto exigem a renúncia de Leung, bem como a retirada da decisão de Pequim sobre as eleições diretas.

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