Caracas (EFE) Com uma marcha convocada sob o lema "Contra a guerra e o império", começa oficialmente hoje, em Caracas, a VI edição anual do Fórum Social Mundial (FSM), que deve reunir cerca de 150 mil ativistas na capital venezuelana.
A marcha percorrerá depois do meio-dia o trecho de Caracas que separa a praça de Las Tres Gracias e Los Próceres, onde será montado um palco para "famosos músicos e ativistas antibélicos e antiimperialistas", segundo diz a nota de convocação para o fórum, que de 2001, quando surgiu, a 2004 era realizado sempre em Porto Alegre (RS). Até domingo, os chamados "antiglobalizadores, antiimperialistas e ecologistas" de todo o mundo participarão de mais de 2 mil encontros, "em busca de alternativas que confirmem que outro mundo é possível e necessário".
O FSM "se caracteriza por sua pluralidade e diversidade" e "não tem caráter governamental nem partidário", acrescentou, ao confirmar que a única presença presidencial prevista é a do governante anfitrião, Hugo Chávez. Outras presenças presidenciais são apenas rumores", disse o coordenador do fórum, Edgar Lander, referindo-se às supostas viagens dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e de Cuba, Fidel Castro.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou na semana passada sua anunciada participação na reunião de Caracas, assim como a sua viagem ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça). Cada organização participante assume as despesas de seus representantes, porque, segundo os organizadores, trata-se de "um fórum com autogestão". Além da capital venezuelana, o fórum também teve reuniões em Bamaco (capital do Mali). Outros eventos estão programados para março na cidade paquistanesa de Karachi.



