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María Corina Machado fala durante entrevista coletiva em março
María Corina Machado fala durante entrevista coletiva em março| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

A principal líder opositora ao regime de Nicolás Maduro, María Corina Machado, alertou nesta quarta-feira (3) um grupo de países sobre o risco de ser presa na Venezuela, onde, segundo ela, ocorreram "fatos graves" relacionados às eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.

"Atualmente, minhas equipes em todo o país correm o risco de desaparecimento forçado, e eu mesma poderia ser submetida a detenção injustificada", afirmou a opositora em uma carta enviada a 18 países das Américas, da Europa e da África, assim como ao alto representante da União Europeia para Relações Exteriores e a Política de Segurança, Josep Borrell.

Machado, inabilitada pelo regime chavista para ocupar cargos públicos até 2036, insistiu que lutará por "eleições livres" em julho, onde o ditador Maduro tentará se perpetuar no poder com um terceiro mandato.

Para ela, é essencial maximizar os recursos diplomáticos para que os acordos sobre garantias eleitorais assinados entre o chavismo e a principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), sejam "totalmente cumpridos".

"Para isso, o acompanhamento desses países é crucial para que se possa avançar em um caminho pacífico, democrático, constitucional e eleitoral rumo a uma transição ordenada para a democracia e a liberdade", enfatizou.

A líder opositora, que sugeriu a historiadora Corina Yoris como candidata à presidência em seu lugar, espera que sua substituta possa ser incluída na disputa até 10 dias antes das eleições.

Yoris, sem impedimentos políticos ou administrativos, não conseguiu ser registrada no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), liderado por chavistas, que aceitou apenas a candidatura do diplomata Edmundo González Urrutia, pouco conhecido no país, como representante temporário da oposição.

Machado destacou que o acordo eleitoral, assinado em outubro do ano passado em Barbados, foi completamente violado pela ditadura de Caracas e culpou Maduro por impor impedimentos e obstáculos à participação da oposição nas eleições de julho. (Com Agência EFE)

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