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Invasão russa

Meloni defende extensão de defesa coletiva da Otan à Ucrânia

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto: EFE/EPA/RICCARDO ANTIMIANI)

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A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, defendeu "soluções mais duradouras" para a paz na Ucrânia, nesta quinta-feira (6), falando às margens de uma reunião da União Europeia em Bruxelas.

Entre as alternativas apresentadas pela líder italiana está a extensão do artigo 5º da Otan - que estabelece a obrigatoriedade de defesa coletiva quando um dos países integrantes é atacado - para Kiev, apesar do país não ser um membro efetivo da organização.

Segundo Meloni, essa solução seria "muito mais eficaz" do que enviar tropas europeias de manutenção da paz para o país em guerra com a Rússia.

Apesar de ser uma apoiadora leal da Ucrânia, essa foi a primeira vez que a primeira-ministra da Itália defendeu de forma explícita essa ideia. A sugestão surge em meio a discussões na Europa sobre as possibilidade dos aliados reforçarem as bases ucranianas após o bloqueio do apoio dos EUA para Kiev.

“É algo diferente de entrar na OTAN, mas implica estender a cobertura que os países da OTAN têm também para a Ucrânia”, enfatizou Meloni.

Os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE), com exceção da Hungria, enfatizaram em um declaração conjunta nesta quinta-feira que qualquer acordo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia deve incluir "garantias de segurança robustas e confiáveis" para Kiev, a fim de evitar futuras agressões russas.

O texto aprovado pelos 26 líderes enfatiza que qualquer trégua ou cessar-fogo "só pode ocorrer como parte do processo que leva a um acordo de paz abrangente".

A UE aprovou ainda um proposta de 30,6 bilhões de euros em apoio financeiro até 2025 e pediu aos ministros dos Estados-membros que "avancem rapidamente com os trabalhos sobre as iniciativas, em particular a proposta pelo alto representante (da União Europeia para Assuntos Exteriores), para coordenar um maior apoio militar da UE à Ucrânia".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que todos querem "paz por meio da força, uma paz justa e duradoura, mas paz a partir de uma posição de força".

"Isso também é do interesse do presidente (dos EUA, Donald) Trump: ter paz por meio da força. Se ele quiser isso, só será possível com o apoio da União Europeia e de seus Estados-membros", declarou.

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