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Sem cessar

Mesmo com plano de paz, violência na Síria mata 40

Um dia depois de aceitar o acordo de cessar-fogo proposto pela ONU, governo de Assad segue castigando opositores ao regime

Homem anda de bicicleta em rua de Homs, na Síria, com vários prédios destruídos durante os conflitos entre opositores e as forças de segurança | Karam Karam/Reuters
Homem anda de bicicleta em rua de Homs, na Síria, com vários prédios destruídos durante os conflitos entre opositores e as forças de segurança (Foto: Karam Karam/Reuters)

Pelo menos 40 pessoas morreram ontem em confrontos entre as forças do governo e a oposição na Síria, de acordo com o grupo de Comitês de Coordenação Locais (CCL), de oposição ao regime de Ba­­shar Assad. As mortes ocor­­reram um dia depois de o governo sírio aceitar o plano de paz proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o CCL, o maior número de mortes foi em Homs, na região central do país, onde 13 pessoas morreram em uma ofensiva de forças do regime, com bombardeios na cidade e em localidades próximas, como Abl.

Em Hama, também no cen­­tro, seis pessoas perderam a vida em ataques de soldados fiéis ao ditador Assad. Outras mortes foram registradas em Idlib (três), Deir el Zur (dois), Deraa (dois) e Aleppo (um).

Em comunicado, o CCL cri­­ticou a aprovação do plano de paz para a Síria proposto pelo enviado especial da ONU, Kofi Annan, em que pede um cessar-fogo ao regime de Assad. "O plano dá ao regime mais tempo para assassinar mais civis. A comunida­­de internacional fracassou em assumir suas responsa­­bilidades morais e legais com o povo sírio", afirmaram os comitês.

Mais cedo, o Departa­­men­­­­to de Estado americano afirmou que Assad não tomou as medidas necessárias para aplicar o plano de paz de Annan, como havia prome­­tido ontem. "As prisões e a violência continuam na Sí­­ria", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

O exército sírio intensificou ontem suas operações contra os rebeldes em todo o país, o que gerou ceticismo na ONU sobre a aceitação por Damasco do plano de Annan.

O plano consiste, entre outras ações, no fim de toda forma de violência armada por todas as partes no conflito e a entrega de ajuda humanitária em zonas afetadas pelos combates. "Julgaremos [Assad] por seus atos, e não por suas promessas", advertiu Nuland. "O fato das prisões e da violência continuarem não é um bom sinal."

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