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Policiais buscam garantir o estado de sítio na região: poucos carros circulam e comércios estão com as portas fechadas, na capital Cobija, em Pando | Stringer / Reuters
Policiais buscam garantir o estado de sítio na região: poucos carros circulam e comércios estão com as portas fechadas, na capital Cobija, em Pando| Foto: Stringer / Reuters

Vários dirigentes opositores do presidente Evo Morales foram detidos nesta segunda-feira (15) por militares na cidade de Cobija, na Amazônia boliviana, em meio a operações para garantir o estado de sítio na convulsionada região.

Um grupo de 60 oficiais invadiu de madrugada a casa de uma das principais líderes locais, Ana Melena, depois de dinamitar a porta de entrada de sua moradia. Segundo vizinhos, os soldados revistaram todos os cômodos para finalmente levar um computador, diante da ausência da dirigente. O Exército confirmou que 10 pessoas foram detidas nas operações, durante as quais foram recolhidos diferentes tipos de armas que poderiam estar relacionadas com a morte de cerca de 25 camponeses governistas na quinta-feira, em violentos choques com opositores nas cercanias de Cobija, a capital distrito de Pando, no norte do país.

"Nos interessa que a população se sinta tranquila. Estamos identificando as pessoas que estão relacionadas com atos ilegais", disse o general Walter Panozo, encarregado do controle militar do departamento (estado), aos jornalistas.

Pando, um dos quatro distritos opositores que há três semanas resistem violentamente aos planos socialistas de Morales, foi colocado sob estado de sítio na noite de sexta-feira após sangrentos confrontos entre militantes governistas e opositores que deixaram mais de 20 mortos.

Apesar do estado de exceção, os militares até agora só saíram às ruas de noite, deixando o controle da cidade durante o dia para apenas alguns policiais.

Segundo testemunhas ouvidas pela Reuters, Cobija está deserta, com poucos carros circulando por suas ruas. O comércio e as escolas estão fechados, enquanto os edifícios públicos estão tomados por militantes opositores, incluindo a alfândega.

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