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Oriente médio

Mesquita histórica é destruída no Iraque. ISIS culpa os EUA e vice-versa

A mesquita de Al-Nuri tinha 845 de história e uma estrutura que lembrava a Torre de Pisa

O minarete da mesquita de al-Nuri, em Mosul, no Iraque | MOHAMED EL-SHAHED/AFP
O minarete da mesquita de al-Nuri, em Mosul, no Iraque (Foto: MOHAMED EL-SHAHED/AFP)

A batalha pelo controle da cidade de Mosul, a segunda maior do Iraque, fez nesta quarta-feira (21) uma vítima emblemática. A histórica mesquita de Al-Nuri, construída há 845 anos, foi destruída. Segundo as forças iraquianas, foi o próprio Estado Islâmico que explodiu a mesquita. O local é de extrema importância para o ISIS. Foi ali que o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi (supostamente morto há dois dias pelas forças russas na Síria), instituiu o Califado.

O Estado Islâmico alega, em seus canais de divulgação na internet, que foram caças americanos que explodiram a mesquita, que era usada militarmente pelo grupo terrorista. O local era reconhecidamente um depósito de armas e também utilizado como esconderijo de franco-atiradores. 

É possível também que o ISIS tenha explodido a mesquita com propósitos propagandísticos, para insuflar o ânimo de seus militantes ainda mais contra os ocidentais. Outra hipótese é que a explosão sirva para deter o avanço das tropas iraquianas.

Construída em 1172, a mesquita de Al-Nuri tinha um minarete encurvado, como a Torre de Pisa, chamado de “corcunda”, que emprestou à cidade de Mosul seu apelido.

Em 2014, quando invadiram a mesquita, os combatentes do ISIS tentaram destruir o minarete, dizendo que ele contradizia as leis do islã, mas moradores da cidade impediram sua destruição formando uma corrente humana ao redor da estrutura.

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