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Outdoor em Manágua com propaganda da primeira-dama e vice-presidente, Rosario Murillo, e do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega
Outdoor em Manágua com propaganda da primeira-dama e vice-presidente, Rosario Murillo, e do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega| Foto: EFE/Jorge Torres

Uma pesquisa realizada na Nicarágua apontou que 50% da população quer emigrar para outro país nos próximos três anos, em meio à aceleração da crise econômica e social desencadeada pela ditadura de Daniel Ortega.

A pesquisa Barômetro das Américas, cujos resultados foram apresentados este mês pela Universidade Vanderbilt, do estado americano do Tennessee, e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês), teve uma amostra de 1,5 mil nicaraguenses, entrevistados por telefone em 2023.

O levantamento, realizado em 26 países latino-americanos desde 2004, indica o crescimento da desesperança na Nicarágua.

No primeiro ano da pesquisa, apenas 27% dos entrevistados expressaram o desejo de deixar o país centro-americano dentro dos três anos seguintes. Em 2019, eram 30% nessa condição. Agora, metade dos nicaraguenses manifestou essa vontade, leve queda em relação a 2021, quando 52% relataram essa intenção.

O Barômetro das Américas também revelou que, diante da crescente repressão do sandinismo, 81% dos entrevistados têm medo de expressar opiniões políticas. A crise fez com que 54% apontassem que a economia é sua maior preocupação e 42% relataram que tiveram dificuldades para conseguir alimentar sua família nos três meses anteriores.

No X, o economista e ex-preso político Juan Sebastián Chamorro destacou outro dado preocupante: perguntados sobre o que fariam para resolver a crise da Nicarágua, 37% disseram que não fariam “absolutamente nada”, o que indica que não acreditam que algo possa melhorar.

“Isso é muito preocupante, porque está demonstrando a intenção da ditadura de criar desesperança”, afirmou Chamorro.

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