Índia Cerca de 15 milhões de fiéis de países do sul e do sudeste da Ásia seguiram ontem para suas cidades natais para o início do feriado que marca o fim do ramadã (mês sagrado muçulmano).
Uma multidão utilizou ônibus, trens, aviões e embarcações para manter a antiga tradição de passar a data religiosa de Eid al-Fitr com familiares em suas cidades de origem.
O dia de ontem também é utilizado por muitos muçulmanos para orações e visitas a túmulos.
Em Dacca, capital de Bangladesh, cerca de metade dos 11 milhões de habitantes lotaram trens, balsas e ônibus para deixar a cidade no início do feriado, que dura quatro dias. Autoridades do país cuja maioria dos 140 milhões é muçulmana destacaram forças de segurança especiais para garantir a tranqüilidade nas viagens.
Nas Filipinas, o governo pediu que muçulmanos da ilha de Mindanao (sul) não usem armas durante as celebrações. Cerca de 10% dos filipinos são muçulmanos o país é a maior nação católica da Ásia. A maior parte dos muçulmanos do país vive no arquipélago do sul, onde grupos armados lutam pela autonomia da região há várias décadas.
Indonésia
A capital indonésia de Jacarta de dez milhões de habitantes ficou praticamente vazia.
No Oriente Médio, o feriado teve início para sunitas em locais como Jordânia, Líbia, Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iêmen, Sudão, Iraque, Líbano e Tunísia. A festividade começou ontem em países como Argélia, Egito, Omã, Irã e Síria.
No Iraque, no entanto, as comemorações foram ofuscadas pelo clima de tristeza. "Não consigo sentir o espírito do Eid", disse Um Mohammed, 55, viúva e mãe de quatro filhos que vive em Azamiyah, região sunita de Bagdá. "Meu filho mais velho morreu a tiros no ano passado, e a maior parte dos meus parentes morreu ou teve que deixar o país".
Em Bagdá, sunitas organizaram poucas celebrações para marcar o início do feriado religioso.
Na Jordânia, milhares saíram de Amã e seguiram para o resorte de Aqaba, na região do mar Vermelho, deixando a capital quase deserta.
Gaza
Em Gaza, o primeiro Eid al-Fitr sob o controle do Hamas foi marcado pelo isolamento internacional e por rivalidades internas. Até mesmo os fiéis que aproveitaram o dia para orar enfrentaram a divisão, com locais de reza separados para seguidores do Hamas e do Fatah.



