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Argentinos dão o último adeus ao redemocratizador do país no Congresso argentino em Buenos Aires: símbolo do fim da longa série de ditaduras militares | Prensa Senado/Claudio Carboni/ Reuters
Argentinos dão o último adeus ao redemocratizador do país no Congresso argentino em Buenos Aires: símbolo do fim da longa série de ditaduras militares| Foto: Prensa Senado/Claudio Carboni/ Reuters

Milhares de argentinos passaram pelo Congresso nesta quarta-feira (1) para se despedir do ex-presidente Raúl Alfonsín, símbolo da redemocratização há quase 25 anos, que morreu aos 82 anos vítima de câncer de pulmão.

Sua morte, nesta terça-feira (31) à noite, foi lamentada por chefes de Estado estrangeiros e por políticos locais. A televisão ocupou praticamente toda sua programação com a cerimônia do funeral do político cujo governo, entre 1983 e 1989, marcou o fim de uma longa série de ditaduras militares.

O corpo de Alfonsín, que apesar de sua saída antecipada do poder em meio a um caos econômico ficou conhecido por seu espírito democrata, foi velado publicamente em salão do Senado argentino e com a guarda de soldados.

O governo decretou luto oficial de três dias.

Líderes políticos de seu partido, o centrista União Cívica Radical, e de forças rivais cumprimentaram familiares de Alfonsín, que morreu devido a complicações de uma pneumonia.

Após o anúncio de seu falecimento, milhares de pessoas se aglomeraram espontaneamente em frente a sua casa em Buenos Aires.

"Depois do (ex-presidente) Hipólito (Yrigoyen), depois de Perón, de Eva, o quarto é ele. Não há um quinto para o pôquer na Argentina do século passado. Não há, é uma figura muito grande. Parecia um personagem tão grande, com um carisma excepcional", disse o ex-presidente Eduardo Duhalde.

Alfonsín foi reconhecido por enfrentar em seu mandato pressões de diferentes setores, especialmente de militares da ditadura na qual milhares de pessoas foram assassinadas.

Durante seu governo, iniciou o julgamento de militares, o que levou à prisão de líderes da sangrenta ditadura.

Também conseguiu selar a paz com o Chile por questões limítrofes, que quase levaram ambas as nações à guerra.

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