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Cerca de 80 pessoas foram executadas nesta quarta-feira (22) pelos "shabiha" (milicianos pró-governo) no bairro de Al Qabun, em Damasco, elevando para mais de 70 o número de vítimas apenas deste dia, em atos na capital.

Um ativista de Al Qabun, que se identificou como Omar al Qabuni, explicou à Agência Efe por telefone que os "shabiha" entraram no bairro disparando a esmo, após lançarem cinco lançador de foguetes RPG. Revistaram casa por casa e reuniram os detidos para em seguida fuzilá-los, contou o opositor, que pertence ao grupo Comitês de Coordenação Local (CCL).

"É um ato terrorista do regime em represália pela participação dos habitantes do bairro desde o primeiro momento na revolução, exigindo liberdade e democracia", afirmou Qabuni. O ativista também explicou que 70% dos habitantes de Al Qabun fugiram por causa da violência, que castiga a região há semanas.

Por sua vez, a rede opositora Sham registrou também 46 executados, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou em comunicado sobre a morte de dezenas de pessoas, a maioria por disparos diretos.

Em Kafr Susa, o ativista da rede Sham em Damasco Suhaib al Qasem disse à Efe via internet que as forças governamentais entraram com tanques e executaram 25 pessoas em público.

A região também foi palco de duros enfrentamentos entre as tropas leais ao presidente Bashar al Assad e os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS). De acordo com dados do CCL, o número de vítimas nesta quarta-feira na Síria passa de 120 mortos, pelo menos 80 deles em Damasco e localidades de sua periferia.

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