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O sequestro de Ojeda Moreno ocorre em um momento de intensificação da perseguição contra os dissidentes na Venezuela
O sequestro de Ojeda Moreno ocorre em um momento de intensificação da perseguição contra os dissidentes na Venezuela| Foto: Reprodução/X/@agusantonetti

Ronald Ojeda Moreno, um tenente do exército venezuelano que fugiu da prisão de Ramo Verde, localizada nos arredores de Caracas, em 2017, e que se refugiou no Chile por ser um opositor do regime chavista, foi vítima de um sequestro nesta quarta-feira (21) por parte de agentes da inteligência militar da ditadura de Nicolás Maduro, segundo denunciou a oposição venezuelana.

Iván Simonovis, ex-preso político e ex-comissário de segurança do governo interino de Juan Guaidó, afirmou que na madrugada desta quarta-feira funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) se infiltraram no território chileno e se passaram por funcionários da imigração para capturar Ojeda Moreno, que já estaria sob custódia do regime chavista. A família do militar confirmou sua desaparição e as autoridades chilenas iniciaram sua busca.

Ojeda Moreno havia recebido asilo político do governo de Gabriel Boric no final de 2023. Em 2022, ele realizou um protesto em frente ao Palácio Presidencial de Chile onde pedia pela libertação dos presos políticos na Venezuela e pelo fim das negociações entre a oposição e o chavismo.

O militar foi expulso das Forças Armadas venezuelanas sem julgamento prévio, acusado de traição à pátria e de participar de um suposto plano para assassinar Maduro.

O sequestro de Ojeda Moreno ocorre em um momento de intensificação da perseguição contra os dissidentes na Venezuela, em um ano em que se devem realizar eleições presidenciais no país sul-americano, provavelmente sem a principal candidata da oposição, María Corina Machado, cuja candidatura foi barrada pelo regime chavista.

Além da perseguição contra opositores, o regime expulsou a missão das Nações Unidas que funcionava no território nacional, impedindo o monitoramento da situação dos direitos humanos. A DGCIM é apontada como um dos órgãos de segurança do regime que mais realizam crimes contra a humanidade na Venezuela, que abrangem torturas, execuções e desaparecimentos forçados.

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