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O Ministério da Defesa negou nesta quarta-feira (20) que haja uma uma onda de violência no Haiti em decorrência da devastação provocada pelo terremoto de magnitude 7 que atingiu o país da terça-feira (12). Segundo o ministério, a situação da segurança no país, especialmente na capital, Porto Príncipe, está "próxima ao que era antes" do tremor.

De acordo com o general brasileiro que comanda os batalhões da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), general Floriano Peixoto, as imagens de violência divulgadas nos últimos dias são "fatos isolados, que já existiam antes, como seqüestres e saques".

"A diferença é que agora há mais visibilidade a esses fatos, devido ao interesse maciço da mídia no país", diz o militar, em nota divulgada pelo Ministério da Defesa. Apesar de negar o aumento da violência, o general determinou o deslocamento de tropas que estavam em cidades do interior.

Nesta terça-feira (19) ONU autorizou a ampliação das tropas no Haiti em até mais 2 mil militares e 1,5 mil policiais. Segundo Peixoto, a Minustah irá avaliar "a necessidade, a oportunidade e a quantidade" de uma eventual ampliação.

Peixoto também negou existir uma deterioração da segurança em conseqüência da reorganização de gangues nos bairros mais pobres de Porto Príncipe- Cité Soleil e Belair. "Tenho um poder militar muito superior ao de qualquer concentração de gangue que se pretenda uma força oponente", observou. Ele ressaltou que a Minustah dominou as gangues ao longo dos anos que atuou na pacificação do país.

O comandante do batalhão brasileiro no Haiti (Brabatt), coronel João Batista Carvalho Bernardes, por sua vez, reconheceu que há apreensão com a possibilidade de reorganização de criminosos que fugiram das prisões após o terremoto. "O nosso pessoal da inteligência já está em busca desses elementos", informou Bernardes.

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