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O Ministério Público de Zurique anunciou nesta quarta-feira (18) que abriu uma investigação penal contra a brasileira Paula Oliveira, agredida na Suíça. Ela é suspeita de ter inventado a história de que foi agredida por três neonazistas.

Um tribunal distrital de Zurique designou um advogado público para defendê-la e ela teria aceitado, segundo comunicado do Ministério Público.

Paula não poderá deixar o país enquanto durar a investigação, segundo o comunicado do Ministério Público. A nota diz que a investigação policial sobre a agressão, iniciada após denúncia feita por Paula, continuará em curso.

Fora do hospital

Paula, que afirma ter sido atacada por um grupo de neonazistas e, por conta disso, abortado de gêmeos, deixou na terça-feira o hospital em que se recuperava em Zurique.

Na portaria do hospital, o pai dela, o advogado Paulo Oliveira confirmou aos jornalistas que a filha dele receberia alta e que sairia pela porta da frente. Depois, ele para comprar os remédios receitados pelos médicos, principalmente analgésicos para aliviar a dor dos cortes que Paula Oliveira tem por todo o corpo.

Na volta, a surpresa. Paula, que o pai diz sofrer de lúpus, tinha preferido sair por uma porta dos fundos. O pai argumentou que a filha ficou muito estressada depois que soube que a polícia suíça negou que ela estivesse grávida na hora do suposto ataque e chegou a considerar a hipótese de que Paula tenha cometido autoflagelo. "Ela não tem nada a esconder, continua abalada emocionalmente e hoje ela teve um impacto do choque com a realidade", afirmou ele.

No segundo andar do apartamento onde vive em Dubendorf, a seis quilômetros de Zurique, a mãe dela abriu a porta, mas não quis se mostrar. No segundo andar, Paula chegou a aparecer na janela de relance, mas desapareceu quando viu que estava sendo filmada.

A família Oliveira pretende levar Paula ao Recife para descansar entre parentes e amigos mais próximos. Mas a polícia de Zurique já avisou que pretende ouvi-la novamente. Enquanto o processo não estiver concluído, Paula não poderá deixar a Suíça.

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