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O ministro do Interior do Paquistão, Rehman Malik, desmentiu nesta sexta-feira os rumores sobre um golpe para derrubar o atual governo, afirmando que o "povo" frustraria qualquer tentativa de retirada do presidente Asif Ali Zardari.

Malik falou aos jornalistas do lado de fora do Parlamento, num momento em que são fortes as especulações sobre a saúde de Zardari, que está em Dubai há três dias para tratamento cardíaco.

Zardari enfrenta um grande escândalo sobre seu envolvimento em supostas tentativas de seu embaixador em Washington - que foi forçado a renunciar - de pedir ajuda dos Estados Unidos para limitar o poder do Exército paquistanês.

"Nós entendemos que as pessoas nos deram um mandato de cinco anos por meio das eleições e, se alguém tentar fazer algo ao governo, o povo frustrará tais tentativas", afirmou Malik.

"A situação não é tão complexa quando você acha", disse ele em resposta a um jornalista que disse que a crise enfrentada pelo governo é séria.

Zardari assumiu o cargo depois que sua legenda de centro-esquerda, o Partido do Povo Paquistanês, venceu as eleições gerais em fevereiro de 2008.

Se ele permanecer no cargo até o final de seu mandato e novas eleições forem realizadas, será a primeira transição democrática de poder no Paquistão, onde os militares realizaram quatro golpes e governaram o país por mais da metade de sua história.

Artigo publicado no site da revista norte-americana Foreign Policy desencadeou na quarta-feira as especulações de que Zardari estaria de saída, o que fez tanto a presidência paquistanesa quanto o Departamento de Estado norte-americano desmentirem os rumores.

O Paquistão está no meio de sua pior crise com os Estados Unidos depois que ataques da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mataram 24 soldados paquistaneses em 26 de novembro.

Na quinta-feira, Zardari saiu da unidade de terapia intensiva do Hospital Americano de Dubai, informaram funcionários. As informações são da Dow Jones.

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