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O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, defende a realização do referendo para decidir sobre a anexação de Essequiba
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, defende a realização do referendo para decidir sobre a anexação de Essequiba| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse nesta sexta-feira (24) que a disputa com a Guiana pelos quase 160 mil quilômetros quadrados localizados a oeste do rio Essequibo, sobre os quais será realizado um referendo em 3 de dezembro, “não é uma guerra armada, por enquanto".

“Saiam para votar (no referendo). Esta não é uma guerra armada, por enquanto, não é uma guerra armada”, destacou o ministro, que garantiu que os membros das Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) estarão “permanentemente vigilantes" sobre "qualquer ação que ameace a integridade territorial".

López alertou o presidente da Guiana, Irfaan Ali, que “apelar ao Comando Sul (dos Estados Unidos) para estabelecer uma base de operações” no território em questão não “resolverá esta questão”, mas sim um diálogo para chegar a "um acordo mutuamente satisfatório para ambas as partes", como estabelece o Acordo de Genebra de 1966.

“É o caminho no qual vamos continuar insistindo (...) não é o caminho da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que respeitamos, mas não reconhecemos sua jurisdição para lidar com estes assuntos territoriais e de grande transcendência", afirmou López, que sustentou que a FANB continuará "no caminho da paz".

Nesse sentido, comentou que no dia 3 de dezembro as Forças Armadas ativarão um plano para garantir a segurança dos venezuelanos que participarem do referendo, que propõe, entre outros pontos, a anexação do território disputado ao mapa nacional por meio da criação de um estado chamado Guayana Esequiba.

Nesta consulta, na opinião do ministro, o povo ratificará sua determinação em “acabar o mais rápido possível” com o conflito por este território rico em recursos naturais, que – ressaltou – pertence à Venezuela e “está sendo rudemente usurpado pela elite que governa a Guiana".

O vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, disse na quinta-feira que representantes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos visitarão a Guiana na próxima semana, no âmbito da cooperação que Georgetown está explorando com os seus aliados, a fim de se preparar para qualquer eventualidade na disputa com a Venezuela.

A CIJ, que decidiu ter jurisdição sobre a questão, realizou na semana passada audiências com ambos os lados, nas quais a Guiana fez um apelo por medidas para “bloquear” o referendo.

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