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O ministro do Interior, Eduardo de Pedro (à direita), um dos que pediram demissão, ao lado de Fernández, em registro de 2019
O ministro do Interior, Eduardo de Pedro (à direita), um dos que pediram demissão, ao lado de Fernández, em registro de 2019| Foto: EFE/Enrique García Medina

Ao menos onze ministros ou altos funcionários da administração do presidente argentino Alberto Fernández, ligados à vice Cristina Kirchner, apresentaram nesta quarta-feira (15) pedidos de demissão do governo.

A renúncia em massa ocorre três dias depois da derrota do governo no chamado Paso, eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, nas quais foram definidos os candidatos que concorrerão nas eleições de 14 de novembro para renovação de metade da Câmara dos Deputados e de um terço do Senado da Argentina.

O ministro do Interior, Eduardo de Pedro, havia sido o primeiro a apresentar sua renúncia a Fernández. “Escutando suas palavras na noite de domingo (12), quando levantou a necessidade de interpretar o veredicto expressado pelo povo argentino, considerei que a melhor maneira de colaborar com esta tarefa é colocar a minha demissão à sua disposição", disse Pedro, em carta dirigida ao presidente e que depois foi divulgada à imprensa.

Segundo o jornal Clarín, em seguida também apresentaram seus pedidos de demissão os ministros da Justiça, Martín Soria; de Ciência e Tecnologia, Roberto Salvarezza; do Meio Ambiente, Juan Cabandié; e da Cultura, Tristán Bauer, além da secretária de Comércio Interior, Paula Español; os presidentes do Instituto Nacional de Serviços Sociais para Aposentados e Pensionistas (Pami), Luana Volnovich; da Administração Nacional de Seguridade Social (Anses), Fernando Raverta; das Aerolíneas Argentinas, Pablo Ceriani; o ministro de Desenvolvimento Regional, Jorge Ferraresi; e Martín Sabbatella, presidente da Autoridad de Cuenca do rio Matanza Riachuelo (Acumar), órgão com representantes de diferentes níveis de poder destinado a desenvolver um plano de gestão ambiental para o rio.

Segundo o Clarín, o objetivo desses pedidos de demissão (ainda não há informações sobre quantos serão aceitos por Fernández) seria forçar a saída do chefe de gabinete Santiago Cafiero e dos ministros Matías Kulfas, da pasta de Desenvolvimento Produtivo, e Martín Guzmán, da Economia.

No Paso, as listas de pré-candidatos a deputados apresentadas pela chapa governista foram derrotadas em 18 das 24 províncias argentinas, incluindo em redutos eleitorais de Fernández e Kirchner, como a província de Buenos Aires. As de senadores somente foram as mais votadas em duas das oito províncias que elegerão representantes no Senado.

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