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Comportamento

Modo de andar é chave da atração sexual

Estudo revela que o caminhar guarda o segredo para atrair o sexo oposto. Efeito da postura é maior do que o de um corpo perfeito

O segredo da atração sexual não está no corpo perfeito, mas na postura. Psicólogos dos Estados Unidos fizeram um estudo que descobriu que chamar a atenção do sexo oposto depende menos da famosa relação entre quadril e cintura e mais do modo como a pessoa caminha. Mulheres que andam de forma mais feminina são vistas como mais bonitas, mesmo que não tenham o desejado "corpão de violão". O mesmo vale para os homens: um andar masculino é mais atraente do que um belo corpo que exagera no rebolado.

"Por séculos as pessoas buscam um número mágico ou uma característica mágica que traduza toda a complexidade da beleza. Nosso estudo mostra que essa é uma busca infrutífera", afirmou ao G1, a autora do estudo, Kerri Johnson, da Universidade de Nova York. "Não existe apenas uma coisa que especifica o que é belo. Na verdade, a beleza é baseada em uma fundação formada a partir de uma série de percepções sociais", afirma.

Segundo o estudo, publicado na edição desta semana da revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a postura e a forma de caminhar de uma pessoa dão sinais que indicam se ela é um homem ou uma mulher. A partir daí, com essa informação, outros sinais mostram se ela é mais feminina ou mais masculina. Quando há compatibilidade, ou seja, quando uma mulher é vista como feminina e um homem como masculino, há atração.

"Uma mulher masculina ou um homem feminino não são, necessariamente, vistos como não-atraentes", explica Johnson. "Mas, em geral, eles são vistos como menos atraentes do que os demais", diz ela.

O trabalho foi feito expondo participantes a animações e vídeos de pessoas caminhando -- em alguns casos o sexo da pessoa apresentada era divulgado, em outros não. As mulheres que caminhavam de forma mais feminina, movendo os quadris, eram vistas como as mais atraentes. Já os homens atraíam mais quando andavam de forma mais contida, balançando os ombros e não os quadris.

Segundo a pesquisadora, o fenômeno ajuda a explicar porque índices usados para "explicar" a beleza, como a relação entre cintura e quadril, funcionam em alguns lugares e em outros não. "Homens e mulheres têm corpos diferentes, com relações entre quadril e cintura diferentes. Na nossa cultura, mulheres com cinturas finas são vistas como mais atraentes, mas isso é porque elas são vistas como mais femininas," diz ela. Para a psicológa, conceitos tão simples não podem explicar a beleza. "Há muitos outros componentes envolvidos na percepção social," afirma.

Em outro estudo, ainda a ser publicado, a equipe de Johnson está estudando o efeito dessas percepções em homossexuais. Por enquanto, ela pode adiantar que a coisa muda, mas não muito. "Quando não há compatibilidade, ou seja, quando um homem é visto como feminino e uma mulher como masculina, eles são, realmente, identificados como alvos homossexuais. No entanto, a percepção do que é mais atraente não muda. Para os homossexuais, o homem mais masculino e a mulher mais feminina também são mais atraentes," diz Johnson.

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