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A Moldávia anunciou nesta segunda-feira (31) a expulsão de três diplomatas russos, em meio a uma nova escalada de tensões entre os dois países.
A nota sobre a declaração como persona non grata de três diplomatas foi entregue ao embaixador russo na Moldávia, Oleg Oziorov, informou o Ministério das Relações Exteriores moldavo em um comunicado publicado no Telegram.
Segundo a nota, a decisão se baseia em “evidências claras” de que os indivíduos expulsos estavam realizando atividades contrárias ao seu status diplomático.
As autoridades de Chisinau declararam que os trabalhadores acusados estão “prestes a deixar o país”.
Moscou respondeu imediatamente que a retaliação pela decisão da Moldávia não demoraria a chegar.
Ao mesmo tempo, o embaixador russo especificou que um dos expulsos é o copresidente do comitê de supervisão para a gestão das tropas de paz russas na região separatista moldava da Transnístria.
“Acreditamos que [a expulsão do funcionário] é uma medida contraproducente”, disse Oziorov, citado pela agência de notícias russa Tass.
Segundo Moscou, as acusações moldavas de suposta interferência russa nos assuntos da antiga república soviética são “infundadas e inaceitáveis”.
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, acusou repetidamente a Rússia de tentar desestabilizar a situação política no país e pediu punições severas para os envolvidos em tais atividades.
As tensões entre as duas repúblicas levaram Moscou e Chisinau a expulsar pessoal diplomático em diversas ocasiões.
A atual escalada entre as partes coincide com a prisão na Moldávia de Yevgenia Gutsul, uma política pró-Rússia e chefe da região autônoma de Gagauzia.
Gutsul, que foi presa na última terça-feira, pediu recentemente ajuda ao ditador russo, Vladimir Putin, assim como ao mandatário americano, Donald Trump, e até mesmo ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
“Gagauzia está enfrentando hoje uma pressão sem precedentes por parte das autoridades moldavas, que estão eliminando a oposição política, pisoteando os direitos e reprimindo o povo de Gagauzia”, denunciou a política de 38 anos.
Autoridades moldavas prenderam Gutsul como parte de uma investigação criminal sobre suposta fraude durante as eleições municipais de 2023.
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Conteúdo editado por: Fábio Galão






