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A crise

15 de AgostoAumento do preço dos combustíveis duplica as tarifas do transporte.

19 de AgostoInício de uma série de protestos e detenções.

28 de Agosto1.ª participação dos monges budistas no movimento.

18 de SetembroMilhares de monges marcham em Yangun e outras cidades.

19, 20 e 21 de Setembro20, Marchas pacíficas em Yangun.

23 de Setembro10 mil monges e outros manifestantes exigem negociações com a junta militar.

24 de SetembroMais de 300 mil pessoas marcham no país na maior manifestação contra a junta militar desde 1988.

Fonte: AFP

Yangun – Milhares de monges presos durante a repressão aos protestos do últimos dias em Mianmar serão mandados para prisões isoladas no extremo norte do país, anunciaram ontem fontes citadas pela rede britânica BBC.

Cerca de 4 mil monges foram presos na semana passada durante manifestações contra a junta militar que governa Mianmar(antiga Birmânia) desde 1962. A maioria encontra-se atualmente na cidade de Yangun, a maior do país, mas deverá ser levada para centros de detenção afastados, disseram membros da junta militar.

Ainda segundo as fontes, os religiosos foram despidos e algemados, e alguns fazem greve de fome. Os monges são amplamente venerados em Mianmar, e abusos contra eles podem gerar fortes reações na sociedade birmanesa.

A onda de protestos pró-democracia que chacoalhou este isolado país asiático teve como estopim a elevação do preço nos combustíveis, em 19 de agosto. Os reflexos da medida foram sentidos nos itens da cesta básica pela população, agravando o sentimento de revolta entre as pessoas.

Esses são os maiores protestos contra a junta militar de Mianmar em quase 20 anos. Em 1988, cerca de 3 mil birmaneses foram mortos em uma manifestação contra o regime liderada por estudantes.

Segundo as autoridades birmanesas, dez pessoas morreram na repressão aos protestos, mas para diplomatas estrangeiros em Yangun e grupos dissidentes, esse número pode chegar a 200.

Enviado da ONU

O general Than Shwe, líder da junta militar que governa o Mianmar, aceitou reunir-se hoje com o enviado da ONU Ibrahim Gambari. O representante chegou ao país no sábado para discutir meios de acabar com a repressão violenta. No domingo, ele encontrou-se com a principal líder da oposição, Aung San Suu Kyi, que é mantida em prisão domiciliar, e com membros da junta. O esperado encontro com Shwe, porém, não ocorreu.

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