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Católicos protestam segurando cartazes com os dizeres" Não matem Eluana, não destruam o futuro" em Roma: tentativas de impedimento da morte por eutanásia foram inúteis | Vincenzo Pinto  /AFP Photo
Católicos protestam segurando cartazes com os dizeres" Não matem Eluana, não destruam o futuro" em Roma: tentativas de impedimento da morte por eutanásia foram inúteis| Foto: Vincenzo Pinto /AFP Photo

O ministro italiano da Saúde, Maurizio Sacconi, confirmou que Eluana Englaro, a mulher que estava em estado vegetativo desde que sofreu um acidente em 1992, morreu na noite desta segunda-feira (9) em uma clínica na cidade de Udine.

A informação ainda não foi confirmada pela clínica ou pelos familiares da mulher.

Eluana, que virou o centro de uma polêmica sobre a eutanásia, estava havia três dias sem receber comida e hidratação. A família recebeu autorização para interromper sua vida depois de dez anos de disputa judicial.

O caso provocou uma polêmica sobre a eutanásia na Itália e abriu uma crise entre o premiê Silvio Berlusconi (contrário à eutanásia) e o presidente Giorgio Napolitana. Sacconi deu a notícia da morte de Eluana durante reunião de senadores que discutiam a aprovação de uma lei que iria barrar a morte assistida.

Eluana estava internada desde 2 de fevereiro na clínica La Quiete de Udine, no nordeste da Itália, sob os cuidados de uma equipe de voluntários dispostos a suspender progressivamente sua alimentação até sua morte, como autorizou a Justiça italiana após dez anos de batalha judicial.

A equipe médica havia previsto um estrito protocolo que começa com a redução de 50% dos elementos nutrientes que eram fornecidos para mantê-la com vida, segundo o neurologista Carlo Alberto De Fanti. Mas o processo foi acelerado depois das tentativas do premiê Berlusconi para barrar o processo.

A família de Eluana ganhou o direito de deixá-la morrer depois de 17 anos de estado vegetativo. Ela estava em coma desde que sofreu um acidente de carro em 1992.

Em 21 de janeiro, um tribunal de Milão derrubou uma decisão de autoridades regionais que impedia os hospitais da região de cooperar com o fim da vida de Eluana. Isso encerrou a batalha judicial de dez anos travada pelo pai de Eluana, Beppino.

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