
Connecticut - O ator Paul Newman, lenda do cinema de Hollywood, morreu aos 83 anos na última sexta-feira, vítima de câncer, segundo confirmou ontem sua porta-voz. Newman, indicado nove vezes ao Oscar, ganhou um Oscar honorário pela carreira em 1986, outro de melhor ator por A Cor do Dinheiro, em 1987, e mais um em 1994, o chamado prêmio humanitário Jean Hersholt, concedido àquele que se destaca pelos atos humanitários que deram credibilidade à indústria do cinema de Hollywood no seu caso, o de doar o lucro de sua fábrica de produtos alimentícios.
Nem os prêmios, porém, dão a medida de seu talento e da marca que imprimiu na história do cinema. Nascido em 26 de janeiro de 1925 no estado de Ohio, nos Estados Unidos, Paul Newman freqüentou a Yale Drama School e o famoso Actors Studio de Nova York, e atuou na televisão, no cinema e na Broadway.
Newman começou sua carreira em 1952, em uma série na TV. Após seu primeiro papel na peça Picnic (1953), o estúdio Warner Brothers ofereceu-lhe um papel em seu primeiro filme, O Cálice Sagrado (1954). Depois dele, Newman atuou em cerca de 60 filmes e outras dezenas de projetos para a televisão.
Outros filmes de destaque de sua carreira são Gata em Teto de Zinco Quente (1958); Butch Cassidy (1969), em que dividiu a cena com Robert Redford; o memorável Golpe de Mestre (1973) e o sucesso de bilheteria Estrada para Perdição (2002).
Newman também foi produtor e diretor de muitos filmes de sucesso como Meu Pai, Eterno Amigo (1984) e Rachel, Rachel (1968), que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar.
Em 1957, ele atuou em O Mercador de Almas, juntamente com Orson Welles e Joanne Woodward. Foi durante as gravações desse filme que Newman se apaixonou por Joanne. Eles se casaram em 1958 e ficaram juntos por 50 anos.



