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Havana

Morre líder do movimento cubano Damas de Branco, dizem fontes

Laura, de 63 anos, havia sido internada há uma semana em uma clínica de Havana. Nesta sexta morreu após uma parada cardíaca

Líder do movimento cubano Damas de Branco, Laura Pollán, morre aos 63 anos | Reuters
Líder do movimento cubano Damas de Branco, Laura Pollán, morre aos 63 anos (Foto: Reuters)
Membros do movimento Damas de Branco se despedem de Laura Pollán |

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Membros do movimento Damas de Branco se despedem de Laura Pollán

Laura Pollán, uma das líderes do grupo de familiares de ex-presos políticos cubanos conhecido como Damas de Branco, morreu nesta sexta-feira (14) após uma parada cardíaca, disseram fontes da dissidência. Laura, de 63 anos, havia sido internada há uma semana em uma clínica de Havana e desde então seu estado de saúde havia sido informado como "muito grave" devido a uma insuficiência respiratória de origem viral, que fez os médicos conectá-la a um respirador artificial pouco depois. Familiares e amigos informaram mais cedo nesta sexta-feira que Laura havia sido submetida a uma traqueostomia. "Laura Pollán acaba de morrer", disse a blogueira Yoani Sánchez em sua conta no Twitter. Minutos antes, a filha de Laura, Laura Labrada, disse por telefone à Reuters que foi avisada que sua mãe sofrera uma parada cardíaca. "Estou a caminho do hospital, me ligaram para dizer que minha mãe teve uma parada cardíaca", disse Labrada. Bertha Soler, também fundadora do Damas de Branco, confirmou à Reuters a morte de Laura e disse que também foi informada de que sua amiga "havia sofrido uma parada cardíaca". Laura, uma professora de profissão, ficou conhecida por marchar desde 2003 pelas ruas de Havana junto a um grupo de mulheres vestidas de branco para exigir do governo a libertação de dezenas de dissidentes cubanos condenados naquele ano a penas de entre 6 e 28 anos de prisão. Seu marido, Héctor Maseda, foi um dos 75 presos e condenados em 2003 a 20 anos de prisão.

Laura pediu no ano passado ao cardeal cubano Jaime Ortega que intercedesse por elas e seus familiares presos ante o governo da ilha comunista. Esse foi o empurrão para um diálogo inédito entre a Igreja e o governo de Raúl Castro que levou à libertação de dezenas de presos políticos, a maioria enviada para a Espanha com seus familiares.

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