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O caso da recém-nascida filipina que era mantida viva com uma bomba manual de oxigênio não teve um final feliz. Althea Mustacisa morreu neste sábado nas Filipinas (domingo no Brasil) depois de lutar por três dias no Centro Médico Regional de Bisayas Orientales, onde sua mãe a levou após dar à luz na casa onde morava na última quinta-feira, cinco dias após a passagem do supertufão Hayan pelo país. Segundo um dos médicos que a atendia, os pais levaram o corpo da menina da capela improvisada como unidade de tratamento intensivo do hospital enrolado em um pano.

Dois andares do Centro Médico Regional de Bisayas Orientales, onde Althea nasceu, permanecem inundados e a unidade de cuidados intensivos para recém-nascidos virou um monte de destroços. A única incubadora foi coberta por água e lama. Quando a tempestade atingiu o local, médicos e outros funcionários transferiram cerca de 20 bebês que estavam na unidade de cuidados intensivos para uma pequena capela em um andar superior. Três ou quatro tiveram que ficar em uma cesta de plástico com rodinhas.

A princípio, todos os recém-nascidos sobreviveram na capela transformada em clínica neonatal improvisada. Mas seis acabaram morrendo dias depois. Logo, outros 10 bebês que nasceram após a tempestade, incluindo Althea, foram levados para o local. Sua mãe havia dado à luz na casa onde morava, destruída pelo tufão.

Althea pesava 2,65 quilos e não era capaz de respirar. Os médicos tiveram que fazer uma reanimação cardiopulmonar e ela passou seus três dias de vida recebendo oxigênio ministrado por uma bomba manual, ligada por uma bolha de plástico azul colocada em sua boca. Com sua morte, Althea se junta às mais de 3,6 mil vítimas fatais deixadas pelo supertufão nas Filipinas.

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