O homem que foi exorcista do Vaticano e da diocese de Roma, Gabriele Amorth, morreu aos 91 anos de idade, informou neste domingo (18) a imprensa italiana citando fontes próximas a ele. Ordenado sacerdote em 1954, foi ajudante durante vários anos do padre Candido Amantini, exorcista da Santa Sé, antes de sucedê-lo em 1990.
Neste momento, fundou a Associação Internacional de Exorcistas (AIE), que presidiu até sua aposentadoria com 75 anos em 2000. Esta associação conta hoje com 250 exorcistas de 30 países. O exorcismo, ao qual Jesus recorreu, segundo a tradição do Evangelho, consiste em “expulsar os demônios”, forças do mal que “possuem” um pessoa.
Amorth foi autor de várias obras sobre o exorcismo, a última publicada em espanhol em 2012 sob o título “O último exorcista. Minha batalha contra Satanás”.
Segundo uma de seus editores, o padre Amorth teria realizado cerca de 160.000 exorcismos. Também colaborava como jornalista para a publicação “Famiglia Cristiana”.
O Vaticano reconheceu a AIE em 2014, dando seu apoio a uma prática que não é admitida nem apreciada por todos no seio da Igreja.
O papa Francisco evoca mais frequentemente que seus antecessores a presença nociva do “diabo”, o “demônio” ou “Satã” no mundo, e a necessidade de lutar de diferentes formas contra isso.
Na quarta-feira, em uma missa em homenagem ao padre francês Jacques Hamel, degolado em sua igreja em julho por extremistas, o papa afirmou que matar em nome de Deus é um ato “satânico”.
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