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| Foto: REUTERS/Blair Gable
  • Ataque levou pânico à cidade canadense de Ottawa

O soldado atingido por disparos em um ataque armado ocorrido no parlamento do Canadá, em Ottawa, nesta quarta-feira (22), morreu. A informação foi repassada pelo ministro do Emprego do país, Jason Kenney, no Twitter.

Veja fotos da movimentação no local após homem disparar contra soldado em Ottawa

Kenney enviou suas "condolências à família do soldado morto e orações pelo guarda parlamentar ferido" e ressaltou que o "Canadá não será aterrorizado ou intimidado".

As palavras do ministro de Emprego são a primeira informação oficial que se tem sobre a condição do soldado, que ficou ferido por disparos de uma pessoa enquanto montava guarda em um monumento aos caídos em guerras.

Tudo começou quando um homem armado disparou contra um soldado em Ottawa. Depois de atira, ele invadiu os prédios do Parlamento e foi perseguido pela polícia, com pelo menos 30 tiros sendo disparados em cenas dramáticas no coração da capital canadense.

O suposto autor dos disparos foi executado pela polícia no edifício do parlamento canadense, situado a cerca de 150 metros do monumento. A polícia de Ottawa também disse que aconteceu um terceiro tiroteio em Riddeau Centre, um centro comercial situado a poucos metros do parlamento.

Os meios de comunicação locais assinalaram que a polícia está investigando se, pelo menos, outras duas pessoas estiveram envolvidos nos ataques.

Detalhes ainda estão sendo investigados

O primeiro-ministro Harper estava participando de uma reunião no Parlamento quando ocorreu o tiroteio no edifício, afirmou o ministro de assuntos de veteranos e antigo policial Julian Fantino, ao jornal Toronto Sun. Harper foi retirado do local em segurança e o Parlamento foi fechado.

Fantino disse que o chefe de segurança do Parlamento, o sargento Kevin Vickers, antigo membro da polícia montada real do Canadá (RCMP, na sigla em inglês), conseguiu matar o suspeito.

"Ainda não temos todos os detalhes, mas o sargento, e ex-montada, é um dos que enfrentaram o homem armado, ou pelo menos um deles, e colocou um fim a tudo isso", disse Fantino. "Ele fez um grande trabalho e, até onde eu sei, atingiu o atirador que agora está morto."

Momentos de tensão

Conforme o drama se desenvolveu, policiais usando coletes à prova de bala pretos e armas automáticas inundaram as ruas próximas ao Parlamento.

Alguns se protegeram atrás de veículos e gritavam para as pessoas abandonarem a área, dizendo: "Não temos o suspeito preso. Vocês correm perigo ficando aqui."

A polícia rapidamente liberou alguns quarteirões no centro de Ottawa. Até as 14h (horário de Brasília) as ruas ficaram vazias.

Integrantes do Parlamento foram avisados para se trancar em seus escritórios e para ficar longe das janelas.

"Se a sua porta não trancar, encontre maneiras para fazer barricadas, se possível. Não abra a porta sob nenhuma circunstância", disse um alerta de segurança emitido pelas autoridades do Parlamento.

Todos os celulares na região foram bloqueados.

O tiroteio acontece dois dias depois de um islâmico atropelar dois soldados canadenses com o seu carro, matando um, próximo a Montreal, antes de ser morto por um policial.

Testemunha

Um trabalhador do setor de construção civil testemunhou o incidente em Ottawa e disse à Reuters que ouviu um disparo e, então, viu um homem com um lenço sobre o rosto correndo para o Parlamento.

"Ele usava uma calça azul e jaqueta preta, tinha uma escopeta de cano duplo e correu para a lateral deste prédio e roubou um carro à mão armada", disse Scott Walsh para Reuters.

O motorista do carro conseguiu escapar, então o homem dirigiu o carro para o bloco central no Parliament Hill, que está em obras, disse Walsh.

O suspeito cruzou com uma mulher que levava uma criança em um carrinho, que fugiu gritando. Ele não atacou a mulher, nem a criança, disse.

O bloco central é o principal prédio de Parliament Hill, um amplo complexo de edifícios e de espaços abertos no centro de Ottawa. Nele há o Congresso e o Senado, assim como os escritórios de alguns membros do Parlamento e funcionários administrativos.

Ameaça terrorista

O incidente acontece dois dias após um militante islâmico ter atropelado dois soldados canadenses, matando um, perto de Montreal. Um dos agentes morreu após o ataque.

Também na terça (21), o Canadá elevou o seu nível de ameaça de terrorismo de baixo para médio por causa de um aumento na atividade de facções radicais como o Estado Islâmico e a Al Qaeda, segundo uma autoridade do governo.

O porta-voz do governo disse que o nível de ameaça de terrorismo foi elevado depois que os serviços secretos canadenses "indicaram que um indivíduo ou grupo dentro do Canadá ou no exterior tem a intenção e a capacidade de cometer um ato de terrorismo".

O Canadá faz parte da coalizão de países liderada pelos EUA que realiza ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Homem dispara contra soldado em Ottawa

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