O ministro de Governo (Interior) do Equador, Gustavo Larrea, anunciou uma investigação profunda para apurar as causas do acidente envolvendo dois helicópteros militares, que provocou a morte da ministra da Defesa, Guadalupe Larriva, de sua filha e de cinco militares. Em declarações à rede de tv Ecuavisa, Larrea mostrou estranhar o fato de os dois helicópteros da Forã Terrestre, com a ministra a bordo, voarem juntos, à noite, sem adotar as devidas medidas de segurança.
Larrea anunciou a formação de uma comissão com especialistas nacionais e internacionais, garantindo a transparência das investigações, que será inicida de imediato.
-É necessário que os responsáveis pelos fatos expliquem o que aconteceu, afirmou Larrea, acrescentando ser inacreditável que um vôo com a ministra da Defesa a bordo não adotasse medidas de segurança especiais.
A Embaixada dos Estados Unidos em Quito ofereceu especialistas em acidentes aéreos e criminalistas para colaborar na investigação.
Larrea indicou que, nesta quinta-feira, será celebrado, na Escola Militar Eloy Alfaro, em Quito, um funeral oficial pela ministra, sua filha e os cinco membros da tripulação dos helicópteros que se chocaram. Posteriormente, dirigentes do Partido Socialista, que era presidido por Guadalupe Larriva, afirmaram que os corpos da ministra e da filha seriam levados para Cuenca, sua cidade natal, onde serão velados e enterrados.
Gustavo Ayala, um dos principais dirigentes socialistas, reivindicou uma supervisão do partido para garantir a lisura da investigação sobre o acidente. Já Leonardo Espinosa, presidente do Partido Socialista em Cuenca, acha importante não descartar a hipótese de atentado.
-Parece um atentado para cortar a trajetória de lutadores, como Guadalupe Larriva, um exemplo pelo fato de que, pela primeira vez na história de nosso país, uma mulher socialista ocupava o Ministério da Defesa, comentou Espinosa.
Ele achou estranho o acidente acontecer junto à Base Aérea de Manta, onde os EUA mantêm modernos equipamentos para o controle do tráfico de drogas.
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