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Ano mais letal

Mortes de agentes humanitários batem recorde em 2008, diz estudo

Violência culminou com 122 colaboradores mortos enquanto trabalhavam. Aumento do número de sequestros nos últimos três anos preocupa

A violência crescente na Somália e no Afeganistão contribuiu para fazer de 2008 o ano mais letal para funcionários de agências humanitárias, com 122 colaboradores mortos enquanto trabalhavam, revelou um relatório nesta segunda-feira.

Exercer trabalho humanitário é, agora, mais arriscado que integrar as forças de paz da ONU, com ataques cada vez mais motivados politicamente em alguns países, disseram pesquisadores.

O ano passado marcou um aumento na violência contra funcionários de ajuda internacionais e contratados locais da ONU, como motoristas de caminhão que distribuem alimentos na região de Darfur, no Sudão.

Houve também um grande aumento no número de sequestros nos últimos três anos. O mais recente no Sudão foi registrado no sábado, quando homens armados capturaram duas trabalhadoras humanitárias, uma francesa e uma canadense, no sul de Darfur.

Ao todo, 260 trabalhadores humanitários foram atacados em 155 incidentes sérios registrados em 2008 - comparado aos 27 incidentes em 1998, de acordo com números do Centro para Cooperação Internacional (CIC, na sigla em inglês) em Nova Iorque e o Instituto de Desenvolvimento Estrangeiro em Londres.

"Estamos surpresos", disse Abby Stoddard, do CIC, que co-escreveu o relatório. "Não esperávamos o aumento que vimos. Parece haver uma tendência alarmante."

"Certamente é uma profissão muito perigosa e não creio que seja entendida como deveria ser. Os números são alarmantes e certamente o número de fatalidades excede os registrados pelas forças de paz da ONU."

Parte da violência é registrada em três países - a Somália, onde 45 trabalhadores humanitários foram mortos, de 7 registrados em 2007; o Afeganistão com 33 mortos; e o Sudão com 19.

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